Planalto já começa a negociar votação da PEC dos gastos no Senado

Temer tenta marcar para a próxima quarta-feira um jantar, possivelmente no Palácio da Alvorada, para apresentar a PEC aos senadores, nos mesmos moldes do que foi feito com os deputados

Reuters

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Por Lisandra Paraguassu

(Reuters) – O Palácio do Planalto já mira a votação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos da União e começa a articular as conversas com os senadores para garantir a votação na Casa até a metade de dezembro, informaram à Reuters fontes palacianas.

Este final de semana, Temer conversou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre o cronograma de votação da PEC na Casa. O presidente tenta marcar para a próxima quarta-feira um jantar, possivelmente no Palácio da Alvorada, para apresentar a PEC aos senadores, nos mesmos moldes do que foi feito com os deputados.

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“Vai depender do quórum em Brasília, se vai ter senadores na cidade. Este final de semana tem eleições municipais, não podemos esquecer isso”, disse uma das fontes.

A ideia do jantar na quarta-feira é de já apresentar a defesa da PEC aos senadores imediatamente depois da aprovação pela Câmara, em segundo turno, o que deve acontecer na terça-feira.

A avaliação é de que a votação no Senado deverá ser tranquila, sem sustos para a aprovação, mesmo que a oposição faça barulho.

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“Não temos ainda um mapa das votações, mas não se imagina grandes dificuldades”, disse uma das fontes.

Apesar de ainda ter que enfrentar a segunda votação na Câmara, a avaliação no Planalto é que não haverá dificuldades. Mesmo que o governo não consiga aumentar os votos em plenário, como planejava, a perspectiva é de que a votação será folgada.

“Segundo turno já tem um fator que é a desmobilização, a ideia de que a situação já está tranquila, então o deputado se sente mais à vontade para não vir, ainda mais em semana de eleição municipal. E, nesse caso especificamente, tem o fator Eduardo Cunha. Muitas vezes ele prefere ficar no Estado a ter que vir aqui, ser cobrado, dar explicações por uma eventual relação”, disse uma das fontes.

Ainda assim, diz a fonte, a expectativa é de uma votação igual ou maior a do primeiro turno –se o governo conseguir garantir que todos os parlamentares venham a Brasília. Nos últimos dias, o presidente usou boa parte do seu tempo para conversar com líderes e atender deputados.

Na tarde desta segunda-feira, a avaliação dos ministros, que conversaram com suas bases, é de que há uma boa mobilização. Para ajudar a garantir o quórum, Temer prometeu comparecer ao coquetel na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na noite desta segunda-feira.

Apesar do discurso otimista das fontes palacianas, Maia, ao falar com jornalistas em São Paulo mais cedo, disse que o importante é ter o mínimo necessário para aprovar a PEC, 308 votos.

“O importante para o governo é ganhar. O importante para a base é ter 308 votos. Tudo que vier acima disso é muito bom, muito bem-vindo. A gente espera ter um resultado tão bom quanto no primeiro turno, mas o importante é a vitória para que a matéria possa ir ao Senado”, disse.

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