Aprovação de Temer sobe 9 pontos e atinge 30%, mostra Ipsos; reprovação cai 8 pontos

O levantamento também sondou o nível de conhecimento e a favorabilidade às principais reformas do governo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Pesquisa Ipsos divulgada nesta quinta-feira (13) mostrou que a aprovação de Michel Temer subiu nove pontos percentuais em setembro ante agosto e fechou o mês em 30%. Por outro lado, a desaprovação do presidente retraiu oito pontos percentuais no período e ficou em 60%. A pesquisa foi realizada entre 6 e 16 de setembro em 72 cidades brasileiras com 1.200 entrevistas presenciais.  A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais. 

Em setembro de 2015, Temer tinha 55% de desaprovação. Desde então, sua avaliação negativa ficou sempre acima dos 60%, atingindo o ápice de desaprovação em junho deste ano, quando 70% dos entrevistados afirmaram desaprovar o presidente.

“Todos os indicadores de avaliação referentes ao presidente Michel Temer e ao seu governo estão em patamares muito negativos, mas, de um modo geral, apresentaram pequenas melhoras em setembro. Isso pode ser reflexo do término do processo de impeachment, que põe fim a um período de grande instabilidade política e social, e às primeiras percepções positivas sobre a melhora da economia no médio prazo”, analisou Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.

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A pesquisa também sondou o nível de conhecimento e favorabilidade dos brasileiros à possibilidade de reformas dos sistemas previdenciário e trabalhista. O levantamento revela que quase metade dos entrevistados (49%) não ouviu falar de propostas para reformar a previdência e 59% dos pesquisados desconhecem mudanças para o setor trabalhista. 

Sobre o nível de favorabilidade a possíveis mudanças, quatro em cada dez entrevistados (41%) se disseram a favor de que haja mudanças no sistema previdenciário e 43% se mostraram favoráveis a alterações trabalhistas. As outras possibilidades de mudanças foram reforma política (56% a favor), reforma da educação (52% a favor), em programas sociais (46%) e reforma tributária (41%).

Apesar de favorabilidade a mudanças nos setores, metade dos entrevistados (51%) acredita que Temer está despreparado para reestruturar quatro áreas centrais: a da previdência, a política, a trabalhista e a tributária. Em contrapartida, 23% dos pesquisados aprovam a atuação do novo governo para reformar as quatro áreas e 22% acreditam que o governo está preparado para conduzir as mudanças. Para 11% dos entrevistados, ainda é muito cedo para opinar se Temer está preparado e, para 7% dos pesquisados, o presidente não está nem preparado nem despreparado. 

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Além disso, a tese de que o impeachment foi um golpe contra a Constituição não é referendada por quatro em cada dez dos brasileiros. Um terço dos entrevistados concordou com a afirmação de que o processo que levou à deposição da ex-presidente Dilma Rousseff foi golpe, enquanto 18% não concordaram nem discordaram da afirmação e 7% não souberam ou se recusaram a responder. 

O impeachment é visto como uma boa notícia porque põe fim aos governos do PT para 44% dos entrevistados. Já 31% discordam desta afirmação e 20% nem concordam nem discordam. Os entrevistados foram questionados também sobre a expectativa de que a economia volte a crescer com o afastamento de Dilma Rousseff. Os que acreditam na retomada representam 44% da população, enquanto 28% não acreditam em melhora e 22% não concordam nem discordam sobre a possibilidade de retomada do crescimento. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.