Com suspeita de destruição de provas, PF pede prisão preventiva de Palocci

No pedido, que tem 86 páginas, o delegado reafirma que o ex-ministro atuava como elo do PT com a Odebrecht, intermediando assuntos de interesse da empreiteira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Polícia Federal pediu nesta sexta-feira (30) que o juiz Sérgio Moro converta a prisão temporária do ex-ministro Antonio Palocci e de seu braço direito Branislav Kontic em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. O pedido foi feito pelo delegado Filipe Hille Pace, da força-tarefa da Lava Jato no Paraná.

No pedido, que tem 86 páginas, o delegado reafirma que o ex-ministro atuava como elo do PT com a Odebrecht, intermediando assuntos de interesse da empreiteira. Além disso, ele diz haver indícios de que Palocci seria o “italiano” que aparece em diversas planilhas da construtora, tendo recebido um total de R$ 128 milhões de forma ilícita.

Um dos principais fatores para o pedido de conversão da pena em preventiva seria a suspeita de que o ex-ministro orientou a destruição de provas em sua empresa de consultoria Projeto antes da Operação Omertà, deflagrada na última segunda-feira.

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“Tais vantagens, em sua grande maioria traduzidas em dinheiro em espécie, ainda não foram rastreadas a partir desta investigação, motivo pelo qual não existe qualquer medida cautelar diversa da prisão que inviabilize Antonio Palocci Filho e Branislav Kontic – seu funcionário até a presente data – de praticarem atos que visem a ocultar e obstruir a descoberta acerca do real paradeiro e emprego dos recursos em espécie recebidos”, afirma o delegado.

Palocci foi preso na segunda por suspeita de recebimento de propinas da Odebrecht. Após receber o pedido, o juiz Sérgio Moro solicitou posicionamento do Ministério Público Federal antes de decidir se acata ou não a solicitação da PF. O prazo para a prisão temporária decretada no início da semana termina nesta sexta-feira.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.