Temer diz que quer agora acelerar negociações, por exemplo, com Mercosul e UE

"No mundo se assiste o recrudescimento do protecionismo, e seria ingênuo supor que basta boa vontade para celebrar acordos que não sejam vantajosos", disse Temer

Estadão Conteúdo

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O presidente da República, Michel Temer, disse nesta quarta-feira, 28, que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve atuar para identificar espaços para o aumento da participação do Brasil no comércio mundial, criando assim oportunidades de geração de emprego no País. Ele destacou que o Mercosul estaria voltando à realidade, mas defendeu a modernização do bloco em busca de acordos comerciais com outros parceiros.

“No mundo se assiste o recrudescimento do protecionismo, e seria ingênuo supor que basta boa vontade para celebrar acordos que não sejam vantajosos”, disse Temer, na abertura da primeira reunião Camex presidida por ele. “É preciso dedicar mais esforços em acordos com parceiros selecionados. Negociamos poucos e insuficientes acordos comerciais nos últimos anos”, completou o presidente.

Temer citou que os ministros de Relações Exteriores, José Serra, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, têm sem empenhado em abrir novas frentes de negociação. “Queremos agora acelerar as negociações, por exemplo, do Mercosul com a União Europeia, além de ampliar acordos com outros parceiros”, afirmou.

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Considerou que o Mercosul está voltando à realidade, mas disse que o bloco precisa ser mais ágil e moderno. Mas isso exigiria o enfrentamento de questões, como a revisão de sua estrutura tarifária e a modernização de procedimentos que classificou como lentos e burocráticos.

O presidente citou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) é um foro importante para o combate a subsídios agrícolas, mas ressaltou que o Brasil também deve buscar acordos que eliminem barreiras tarifárias e não tarifárias aos produtos nacionais. “Precisamos reverter a diminuição do peso do Brasil nas importações de países da América Latina”, acrescentou.

Para Temer, de nada adiantará assinar acordos e derrubar restrições se o País não aproveitar as oportunidades de negócios que daí ocorrerão. Além disso, avaliou, a ampliação do comércio depende de um Brasil mais estável. “Estamos trabalhando com propostas de emendas constitucionais para buscar o equilíbrio fiscal e a retomada do crescimento. A Camex deve perseguir esse horizonte para que comercio exterior seja um efetivo instrumento de desenvolvimento do País”, completou.

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Ele lembrou que a competição comercial no mundo é “dura e permanente”, por isso pediu esforços políticos e privados para que o Brasil se adapte a este mundo. O objetivo, acrescentou, é fazer o País conquistar posições no ranking de participação no comércio global. “Hoje ocupamos a 25ª posição, mas há bastante espaço no fluxo de comercio internacional. É preciso uma política eficiente para explorar esse potencial”, avaliou.

Temer comentou, então, que a política comercial precisa começar pela redução do chamado Custo Brasil, seja resolvendo gargalos de infraestrutura, seja atacando outros fatores, como a necessidade de adaptação da estrutura tarifárias de alguns setores. “À Camex caberá o mapeamento do que se precisa fazer, e as propostas do que deve ser feito”, completou. “É necessário restaurar a centralidade do comércio e dos investimentos no conjunto das políticas de desenvolvimento do País”, enfatizou.

Uma estratégia de comércio consistente, continuou o presidente, ajudará o propósito principal de seu governo, que é a criação de empregos de qualidade. Temer voltou a bater na tecla de que a geração de postos de trabalho é a demanda número um da sociedade. “Nas próximas semanas entrará em vigor o Operador Logístico Internacional para ampliar participação de micro e pequenas empresas no comercio exterior. Esse grupo de empresas são grandes empregadores”, concluiu.

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