EXCLUSIVO: líder do governo na Câmara aponta as 5 prioridades da gestão Temer

Para o senador petista eles estão "ganhando de goleada" após o discurso da presidente Dilma no Senado

Paula Barra

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BRASÍLIA – Os senadores que defendem a presidente afastada Dilma Rousseff elogiaram bastante o discurso feito nesta manhã no Senado, e para alguns, a fala da petista pode ser considerada uma grande vitória, como é o caso do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “Senadores que apoiam o impeachment estão com medo. Por enquanto estamos ganhando de goleada”, afirmou.

O senador petista ressaltou ainda o fato de que nesta primeira parte do dia, dos 10 senadores que questionaram Dilma apenas dois são contra o impeachment: Roberto Requião (PMDB-PR) e Kátia Abreu (PMDB-TO). Segundo Lindbergh, a oposição “vai para cima” durante a tarde, quando mais senadores contrários ao afastamento de Dilma irão falar, caso do próprio Lindbergh, além de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Exclusiva com líder do governo na Câmara
Em entrevista exclusiva ao InfoMoney, André Moura, líder do governo na Câmara, disse que a prioridade continua sendo a pauta econômica e de reformas. Segundo ele, as 5 prioridades o governo são: 1) dívida dos estados (para esta semana); 2) pré-sal (com início das discussões nesta semana); 3) PEC do teto dos gastos. “Estamos na sexta sessão. A ideia é conseguir as 10 sessões até o dia 12, quando a casa retomar os trabalhos”, disse. A ideia, segundo ele, é votar o primeiro turno do texto entre o primeiro e segundo turno da eleições municipais; 4) Reforma da Previdência; e 5) reforma trabalhista (com apresentação do texto ainda este ano). 

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Moura disse que está trabalhando para colocar quórum [na maior quantidade de sessões possível] na Casa exigido pelo regimento para que a PEC do teto chegue à sua décima sessão e Darcisio Perondi apresente seu relatório. Segundo ele, a matéria da PEC do teto é polêmica, gera debates, mas o grande problema é que os parlamentares não conhecem ainda o mérito e a essência do projeto. “O projeto não é aquilo que estão dizendo, que vai limitar os gastos em saúde e educação”, disse. Sobre a reforma da Previdência, ele disse que “o país não tem mais condições de funcionar com a estrutura de despesas e receitas atuais”. Para ele, a Previdência é o segundo maior problema, o maior são os juros.

Mudando de lado?
Apesar dos apelos do presidente do STF (Superior Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski para que não houvessem manifestações durante o discurso de Dilma Rousseff, uma sonora salva de palmas foi entoada por simpatizantes da presidente afastada ao final de sua fala no Senado. Porém, chamou atenção aos presentes no plenário que entre os senadores que aplaudiram Dilma estava Cristovam Buarque (PPS-DF), um dos entusiastas do impeachment e que já declarou seu voto a favor do afastamento da presidente.

Cristovam já foi filiado ao PT e considerado um aliado da presidente Dilma, mas votou a favor do afastamento temporário da presidente em maio. Desde então, o senador tem oscilado entre realmente apoiar o impeachment ou voltar atrás e defender a petista. Por outro lado, Cristovam já afirmou publicamente nos últimos dias que votará pelo afastamento definitivo de Dilma da presidência. 

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O InfoMoney está em Brasília para fazer a cobertura do impeachment. Atualizaremos a notícia com mais novidades direto da capital do País.

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