Placar do impeachment: jornais mostram entre 43 e 51 senadores favoráveis à saída de Dilma

Contudo, expectativa do governo Michel Temer é de que número seja bem maior

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Às vésperas do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, os principais jornais dão mais destaque ao placar da votação. Os principais jornais do Brasil mostram placares sobre a votação do Senado, com diferenças bastante importantes. 

O jornal O Estado de S. Paulo mostra que 43 a favor e 18 contra, sendo que 16 não responderam e 4 estão indecisos. Já a Folha de S. Paulo mostra um placar de 48 a favor e 18 contra, enquanto 10 não declararam, 4 estão indecisos e 1 não respondeu. Ontem, o placar da Folha apontava 48 senadores a favor e 19 contra. O placar mais desfavorável para Dilma é o apresentado pelo jornal O Globo, com 51 a favor, 19 contra, 7 não declaram e 4 não foram encontrados e/ou já tinham manifestado voto.

Na votação de quando Dilma virou ré, foram 59 votos a favor e 21 contra. Nesta fase final, são necessários 54 votos, entre os 81 senadores, para a condenação definitiva de Dilma à perda do mandato e à inelegibilidade por oito anos.

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Apesar do número apresentado nos placares dos jornais serem insuficientes para afastar Dilma, a expectativa do governo de Michel Temer é de que haja pelo menos 60 votos pelo impeachment. 

O presidente interino tem intensificado o corpo a corpo com os senadores para reforçar os votos e, entre segunda-feira e terça-feira, Temer já incluiu em sua agenda oficial encontros com nove senadores. 

No final da manhã de ontem, Temer recebeu em audiência Edson Lobão (PMDB-MA), João Alberto Souza (PMDB-MA) e Roberto Rocha (PSB-MA): os dois últimos não têm declarado seus votos na fase final, ressalta a Folha de S. Paulo. Os três também estão na mira da presidente afastada Dilma Rousseff. 

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O Nordeste é o foco de Temer: na tarde de terça, ele teve agendas com Ciro Nogueira (PP-PI) e Eduardo Amorim (PSC-SE). Isso porque a região é considerada um dos principais redutos eleitorais petistas no país; desta forma, há receio do Palácio do Planalto de que os parlamentares sofram pressão de suas bases eleitorais para mudar o voto na fase final. O governo interino também teme que o discurso emotivo da presidente afastada marcado para a segunda-feira (29), no Senado Federal, possa virar votos na última hora.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.