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SÃO PAULO – Após a confirmação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara por um placar mais dilatado do que o esperado (por 367 votos a favor ante 167 votos contra), a LCA Consultores fez uma revisão dos cenários para um eventual governo de Michel Temer. Isso por conta da sinalização de uma maior probabilidade de melhora das condições de governabilidade para o peemedebista.
Se antes o cenário-base era de 55% para um ambiente de governabilidade, “mas nem tanto” – com o novo governo conquistará um apoio razoavelmente sólido no Congresso e consegundo aprovar algumas reformas, mas não o suficiente para viabilizar a aprovação célere de reformas altamente impopulares –, agora passou para 65%.
O cenário adverso (que tem como premissa a continuidade da crise de governabilidade até as eleições de 2018) teve sua probabilidade reduzida de 40% para 30%. Enquanto isso, o cenário benigno – no qual a governabilidade melhoraria sensivelmente e o governo conseguiria encaminhar rapidamente algumas reformas fiscais estruturais – seguiu com uma chance residual, de 5%, aponta a LCA. Além disso, houve alguns ajustes pequenos nas projeções para cada um dos três cenários, refletindo a incorporação de novas informações divulgadas nos últimos dias.
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No relatório, a LCA também destacou a evolução recente das conjunturas internacional e doméstica. No cenário internacional, o que chama a atenção é a precificação do cenário de um ‘novo normal’ da economia global que é, em termos de ritmo de expansão econômica, um ‘novo medíocre’. Outra possibilidade – que não exclui a primeira – é que a percepção do risco de ocorrência de eventos de cauda (isto é, associados à emergência de uma crise sistêmica) pode ter se reduzido, em especial nas maiores economias.
O humor externo ajudou a melhorar as variáveis financeiras brasileiras; contudo, ressalta a LCA, grande parte desse movimento dos ativos brasileiros pode ser atribuído a fatores domésticos. “E isso, por sua vez, provavelmente está relacionado sobretudo à evolução do quadro político nas últimas semanas, com a probabilidade de alternância de governo no curto prazo tendo se elevado para perto de 100% – em especial após a votação ocorrida na Câmara”, destaca a consultoria.
Para a LCA, o momento mais provável para confirmar esse processo de impedimento parece ser meados de maio, quando o Senado, em votação que exige apenas maioria simples, provavelmente aceitará o pedido proveniente da Câmara – acontecimento que já teria como consequência o afastamento, por até 180 dias, da presidente Dilma Rousseff, e a posse interina de Michel Temer.
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“Parece ser muito pouco provável que, nesse prazo máximo de seis meses, a atual presidente consiga reverter sua situação – ou seja, evitar seu impedimento pelo Congresso. Mesmo a hipótese cogitada nos últimos dias pelo governo, de propor novas eleições para presidente ainda neste ano, em conjunto com as eleições municipais, parece bastante difícil – haja vista que exigiria a aprovação, em tempo recorde, de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Com efeito, vai se desenhando cada vez mais o início de um governo Michel Temer”, avalia a consultoria.
Confira os cenários destacados pela LCA Consultores:
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