Bilhete liga pela 1ª vez Dilma ao doleiro Youssef, diz revista

Segundo IstoÉ, manuscrito havia sido entregue à Polícia Federal, em 29 de abril de 2014, pela contadora de Youssef, Meire Poza, em meio a uma série de outros documentos recolhidos por ela nos escritórios do doleiro, mas só veio à tona agora

Paula Barra

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SÃO PAULO – Um bilhete que liga a presidente Dilma Rousseff ao doleiro Alberto Youssef veio à tona neste sábado. Revelado pela revista IstoÉ, o manuscrito havia sido entregue à Polícia Federal, em 29 de abril de 2014, pela contadora de Youssef, Meire Poza, em meio a uma série de outros documentos recolhidos por ela nos escritórios do doleiro, mas por alguma razão ficou guardado a sete chaves até agora pela Lava Jato. Essa é a primeira vez que surge uma prova ligando Dilma ao doleiro – um dos pivôs do escândalo de desvio de recursos da Petrobras, investigado na Lava Jato.

O bilhete traz a referência a Dilma como segundo item abaixo do registro “1.000.000 Bsb” (um milhão Brasília). Ao lado do nome da presidente aparece o número 17, a palavra “viagem” e, ao que parece, um horário da viagem (16h30). No primeiro item, Youssef refere-se a um “novo embaixador”, seguido da quantia “1.000 – pagar 50”. Para a secretária do doleiro, uma das explicações para o apontamento de Youssef seria “algum pagamento que deveria ser feito à Dilma”.

Segundo a publicação, a contadora teria dito que, ao receber o papel, em 2014 na Superintendência da Polícia Federal na Lapa, em São Paulo, o delegado Márcio Anselmo, da força-tarefa da Lava Jato, vibrou: “Que coisa maravilhosa”. O testemunho de Meire, segundo a IstoÉ, consta no livro “Assassinato de Reputações II – Muito além da Lava Jato”, de autoria do delegado Romeu Tuma Jr., que será lançado semana que vem. 

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O manuscrito, no entanto, não teria sido incorporado às provas da Lava Jato, não aparecendo no e-Proc, sistema de consulta dos processos da força-tarefa, e nunca encaminhado à Procuradoria-Geral da República, que é obrigatório, tratando-se de Dilma. Segundo a revista, Romeu Tuma Jr, entrevistado pela reportagem, disse que o episódio seria um claro indicativo de que pode ter havido pressão do Planalto para abafar o caso. 

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