Dilma rebate Delcídio e diz que não indicou Cerveró e que “não sabia de tudo” sobre Pasadena

Esta é a primeira vez que Dilma comenta algo relacionado à prisão do senador e da revelação do áudio onde Cerveróafirma que a presidente "sabia de tudo" sobre a compra da refinaria

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta segunda-feira (30) que ficou “perplexa” com a prisão do senador Delcídio Amaral, líder do PT no Senado, e voltou a garantir que não indicou o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró para ocupar o cargo na estatal, além de ressaltar que “não sabia de tudo” em relação a compra da refinaria de Pasadena.

Esta é a primeira vez que Dilma comenta algo relacionado à prisão do senador e da revelação do áudio gravado por Bernardo Cerveró, no qual o jovem afirma que seu pai escreveu em sua delação premiada que a presidente “sabia de tudo” sobre a compra da refinaria. Dilma afirmou primeiro que não indicou Cerveró à direção da Petrobras, contrariando a versão de Delcídio no áudio gravado.

“Eu não indiquei Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras. Eu acredito que o senador Delcídio se equivoca. Ele não é minha indicação, ele não é da minha relação, e isso é público e notório”, disse a petista.

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Sobre o caso Pasadena, Dilma desmentiu a versão de que estivesse informada sobre as implicações da compra da refinaria nos Estados Unidos. “Ele vem falando isso durante a CPI da Petrobras. Eu acredito que é uma forma de tentar confundir as coisas”, rebateu a presidente.

“Não só eu não sabia de tudo, como foi detectado, e isso todos os conselheiros que estavam comigo no Conselho da Petrobras podem atestar, que quando soubemos que ele não havia dado todos os elementos para nós, eu fui uma pessoa que insisti para ele sair”, continuou Dilma.

Dilma fez ainda questão de frisar que não tinha relações com Cerveró anteriores à sua nomeação e, questionada sobre por que Cerveró afirmaria que ela estava informada, Dilma afirmou que “eu acho que ele pode não gostar muito de mim”.

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A presidente ainda se mostrou tranquila em relação a uma possível delação do senador: “Não tenho nenhum temor com a delação do senador Delcídio. Fiquei perplexa porque jamais esperei que pudesse acontecer com o senador Delcídio”. A presidente também descartou que a prisão do ex-diretor-presidente do banco BTG Pactual André Esteves possa provocar novas revelações de corrupção relacionadas ao seu governo. 

Questionada sobre se a prisão do senador pode impedir ou prejudicar o trâmite de projetos como o ajuste fiscal no Congresso, a presidente disse que sua prisão provoca um impacto pelas boas relações que o parlamentar tinha com a base aliada e até mesmo com a oposição, mas que o governo segue em frente.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.