Reprovação ao governo Dilma cai para 67%; corrupção é vista como maior problema do País

Mas Dilma não tem muito o que comemorar: só 10% julgam o governo como bom ou ótimo, dois pontos acima dos 8% apurados em agosto

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Novos dados da pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (29) mostrou uma leve queda na reprovação da presidente Dilma Rousseff, de 71% em agosto para 67% no novo levantamento feito com 3.541 pessoas entre os dias 25 e 26. Não havia registro de variação maior que dois pontos neste indicador desde agosto de 2014, ainda durante a campanha eleitoral pela reeleição.

Apesar da queda, 67% de avaliação negativa da presidente petista é a segunda pior marca numérica desde a sua posse, em 2011. Além disso, só 10% julgam o governo Dilma como bom ou ótimo, dois pontos acima dos 8% apurados em agosto. O patamar da última pesquisa foi pior de todos os presidentes desde a primeira pesquisa do gênero feita pelo Datafolha, em 1990, ainda com o governo Fernando Collor.

A pesquisa ressalta que, além da Lava Jato, o pessimismo com a economia ajuda a explicar as dificuldades da presidente. Para 77% a inflação irá aumentar no próximo período, taxa praticamente inalterada desde março, enquanto 67% o poder de compra irá diminuir, uma taxa recorde. Para 76%, o desemprego irá aumentar ante 73% que acreditavam nisso na pesquisa anterior.

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Para 65% dos eleitores, o Congresso deveria abrir um processo para o impeachment de Dilma, ante 66% em agosto. Para mais da metade dos entrevistados (56%), porém, ela não será afastada. Nesse cenário, 62% opinaram que Dilma deveria renunciar.

Maiores problemas
Já no ranking de maiores problemas do País, a corrupção é, pela primeira vez, a campeã isolada.  Corrupção é vista como maior problema por 34%, 16% veem saúde e desemprego aparece logo em seguida com 10%. Educação tem 8%, empatado com violência/segurança ( 8%), enquanto a economia é vista como maior problema por 5% dos entrevistados. 


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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.