Caiado defende renúncia coletiva de Dilma e do Congresso e novas eleições gerais

SÃO PAULO – Nesta semana, o líder do DEM no Senado, senador Ronaldo Caiado (GO) colocou em pauta uma proposta bastante polêmica. Após o Senado manter a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), na última quarta-feira, de manter Delcídio do Amaral preso, Caiado propôs uma renúncia coletiva e a convocação de novas eleições gerais no Brasil. 

“Apesar de estar em meu primeiro ano de mandato como senador, passei a defender a necessidade de colocarmos nossos cargos à disposição e convocarmos novas eleições gerais no Brasil. Não só presidente, mas também de senadores e deputados”, afirma o senador em sua página no Facebook, em post que traz um vídeo da coletiva realizada na quarta sobre o assunto. 

Caiado afirma que, “depois da situação deprimente, deplorável, trágica que assistimos essa semana, com o líder do governo no Senado preso em flagrante tentativa de obstrução à Justiça, não vejo mais como o Congresso e a Presidência da República podem continuar”.

No caso do governo, afirmou, perdeu-se a credibilidade para aprovar qualquer projeto na Casa, com destaque para o ajuste fiscal. Delcídio era quem, na condição de líder do governo na Casa, vinha negociando em nome do Planalto. 

O senador afirmou que a credibilidade da classe política junto à população está próxima de zero e que é hora de ter “coragem de admitir que estamos em uma grave crise de representatividade”.

Caiado justificou esta saída das eleições gerais como forma para  uma saída para encurtar um pleito (2014) que “infelizmente não deu certo”. Ele afirma que governo Dilma está “em fase terminal e a sociedade brasileira está sofrendo muito”.