Levy passa por saia-justa ao ser perguntado sobre impeachment – e “é salvo” por Lagarde

O jornalista Richard Quest, da CNN, perguntou ao ministro se ele acreditava na possibilidade de impeachment da presidente e cobrava explicações sobre as pedaladas fiscais de 2014 - e o ministro se "enrolou"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em Lima, capital do Peru, onde participou ontem de reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, o ministro da Fazenda Joaquim Levy passou por uma “saia justa”, sendo salvo dela por Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo, conforme destacam os jornais O Estado de S. Paulo e El País

O jornalista Richard Quest, da CNN, perguntou ao ministro se ele acreditava na possibilidade de impeachment da presidente e cobrava explicações sobre as pedaladas fiscais de 2014. A plateia ria alto com as dificuldades de Levy para se explicar, mal conseguindo encadear uma resposta, quando Lagarde interveio.

Em um comentário surpreendentemente franco, o ministro da Fazenda reconheceu para a plateia que não sabia se a presidente enfrentaria um processo de impeachment. Mesmo assim, Levy disse que estava confiante de que as medidas impopulares de austeridade serão aprovadas pelo Congresso Nacional para ajustar as contas públicas e tirar a economia da pior recessão em 25 anos.

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Levy reconheceu a pressão política, lembrou a campanha contra o presidente americano Bill Clinton, depois do escândalo com a estagiária Monica Levinsky, e mudou de assunto. Segundo Levy, também na Europa, houve debate sobre o uso de bancos públicos para financiar o Tesouro e, no Brasil, acrescentou, o governo já tratou do problema. Desviou em seguida para a política de ajuste e de melhora do ambiente. Foi de novo interrompido e o público ria, quando Lagarde interveio, tomou a palavra e desviou o assunto, falando da importância da formação de uma ambiente mais favorável aos negócios.

(Com Reuters) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.