As “farpas” de Bicudo, a traição de Dilma e mais frases que agitaram a semana

Dilma Rousseff está mais fortalecida após a reforma, que deu mais poder ao PMDB, mas ela perdeu uma importante aliada: "Dilma Bolada". Eduardo Cunha também foi destaque nesta semana

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário político segue sendo o grande vetor para o mercado brasileiro, tendo como grande destaque o anúncio da reforma ministerial que, depois de muito suspense, finalmente ocorreu nesta sexta-feira. 

Dilma Rousseff está mais fortalecida após a reforma, que deu mais poder ao PMDB, mas ela perdeu uma importante aliada: “Dilma Bolada”. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também ganha destaque com as denúncias cada vez mais contundentes contra ele. 

Confira as principais frases da semana:

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“Lula se deixou perder encantado pelas delícias do poder”
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente, em entrevista ao SBT Brasil. “Eu conheço o Lula de priscas eras. Eu já votei nele e ele em mim. Faz muito tempo isso. Mas acho que o Lula se perdeu no caminho, para ser sincero”, continuou.

“Pensem comigo: um País que em apenas 12 anos saiu do mapa da fome da ONU, colocou mais de 40 milhões de brasileiros na classe média, bateu recordes na geração de empregos e fez programas como Minha Casa, Minha Vida, o Prouni e o Fies, é capaz de vencer qualquer crise”
Lula, ex-presidente, em propaganda do PT, que questionou se “os políticos que querem ‘desestabilizar’ o governo estão pensando no bem do país ou em si mesmos”

“Dilma faz o que deveria ter feito em novembro”
Lula, em encontro da executiva nacional do PT, defendendo uma reaproximação do governo com a base histórica do partido, promovendo mudanças na atual política econômica de ajuste fiscal ortodoxo 

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“Fique quieto, não se mexa. Você sai na quinta”
Dilma Rousseff, presidente da República, para o ministro da Saúde Arthur Chioro ao ligar para ele para comunicar a demissão do titular da Pasta. Marcelo Castro (PMDB-PI) assumiu a pasta.

“Brasil é um país cindido”
Marina Silva, que acabou de conseguir o registro do seu partido Rede Sustentabilidade, em entrevista ao Valor Econômico

“Não estou atrás de apoio”
Eduardo Cunha, PMDB-RJ, ironizando a possibilidade de perder apoio político com as novas denúncias, divulgadas na quarta-feira, de que teria recebido dinheiro de propina em contas secretas na Suíça. 

Hélio Bicudo, fundador do PT, no programa Roda Viva

“O Lula se corrompeu e corrompe a sociedade brasileira como ela é hoje através da sua atuação como presidente da República”

“O que mais me impressionou foi o enriquecimento ilícito do Lula. Ninguém fala nisso, mas eu conheci o Lula numa casa de 40 metros quadrados. Hoje, o Lula é uma das grandes fortunas do País. Ele e os seus filhos”

“As pessoas vão respirar fundo, dizendo: ‘Puxa, saiu”
Bicudo, sobre uma eventual saída da presidente Dilma Rousseff

Dilma Bolada

 Não é o Governo que eu e mais de 54 milhões de brasileiros elegemos. A vida é feita de escolhas e ela fez a dela”,
Jeferson Monteiro, criador da personagem Dilma Bolada, anunciando o rompimento com o governo Dilma. “Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”, continuou, citando ainda uma música gravada pela sambista Beth Carvalho.

A dualidade do PMDB 
“O PMDB está 110% satisfeito, tem até gordura. As mudanças consolidam o PMDB no governo”
Kátia Abreu, ministra da Agricultura, comentando a reforma ministerial

“PMDB tem deputados contra governo, a reforma não muda isso”
Eduardo Cunha, criticando a reforma ministerial e afirmando que ela foi um primeiro e pífio sinal de economia

“A grande boa notícia na reforma ministerial é a mudança de postura do governo, mostrando-se menos teimoso e mais adaptável aos anseios do mundo político e empresarial”
Lucas de Aragão, sócio da Arko Advice, sobre a reforma ministerial em entrevista à Bloomberg

“Se é necessário tal mudança para aprovar um pacote fiscal tão ruim, o sinal é de que os problemas devem continuar”
Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, afirmando que a reforma ministerial dá mais tempo a Dilma, mas não resolve problema

“Essa reforma tem também um propósito. O de atualizar a base política do governo buscando uma maioria que amplie nossa governabilidade. Ao alterar alguns dos dirigentes dos ministérios, nós estamos tornando nossa coalizão de governo mais equilibrada, fortalecendo as relações com os partidos e com os parlamentares que nos dão sustentação política”
Dilma Rousseff, durante o anúncio da reforma, ao afirmar que ela também tem a intenção de assegurar a governabilidade ao dar mais espaço para o PMDB.  

 “[Reforma] apequena ainda mais o governo Dilma, porque os cortes são pouco expressivos frente ao aumento excessivo de gastos do governo nos últimos anos. Se assemelha, na verdade. a uma maquiagem”
Aécio Neves, senador pelo PSDB-MG, criticando a reforma ministerial do governo Dilma Rousseff.  

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.