Estado semi-quebrado, Lula triste e golpe que não é golpe: as frases que agitaram a semana

Desta vez, os conflitos ficaram ainda mais deflagrados, em meio às discussões entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a base aliada do governo e a entrada com pedido de impeachment contra Dilma

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O início da semana foi movimentado, com o governo já fazendo o anúncio de que cortará mais os gastos em busca do superávit primário para 2016, além da recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Desta vez, os conflitos ficaram ainda mais deflagrados, em meio às discussões entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a base aliada do governo. Enquanto isso, Eduardo Cunha recebeu o pedido “mais notório” de impeachment contra a presidente Dilma, que relacionou o possível processo a um “golpe”, o que causou diversas reações.

Confira abaixo as principais frases da semana:

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“País que depende de jogo de azar para poder resolver a sua conta é, mais ou menos, como trabalhador que não tem salário e vai ao cassino para ganhar o dinheiro para poder pagar sua despesa. É a mesma coisa, não podemos ir pro cassino para resolver as nossas contas”.
Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados (PMDB-RJ), sobre o plano do governo de legalizar jogos de azar para aumentar a arrecadação para fechar o Orçamento. 

“O plano era perfeito, mas faltou combinar com os russos”
Gilmar Mendes, vice-presidente do STF, ao afirmar que o PT tinha um plano perfeito para se perpertuar no poder, mas foi atrapalhado pela Operação Lava Jato. “Eles têm dinheiro para disputar eleições até 2038.”

É golpe?

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“Esses método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe”
Dilma Rousseff, presidente da República, em entrevista à  rádio Comercial de Presidente Prudente (SP) na última quarta-feira. Ela afirmou  que tentativas da oposição de usar a crise para chegar ao poder são uma “versão moderna” de golpe, num duro ataque contra os que querem tirá-la do cargo.

“Quem está sofrendo a crise não quer dar golpe, quer se livrar da crise”
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente, ao rebater a fala da presidente durante evento de lançamento do seu livro, em SP

“Golpe é utilizar de dinheiro do crime ou de irresponsabilidade fiscal para obter votos”
Aécio Neves, senador pelo PSDB-MG, ao responder à presidente 

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“Impeachment não é golpismo, é um remédio prescrito na Constituição; é golpismo de quem fala que é golpe”
Hélio Bicudo, fundador do PT e que entrou com pedido de impeachment contra a presidente Dilma, também contestando a fala dela 

“Você nunca pode pedir para um juiz data para ele decidir sobre uma sentença. Ele vai decidir quando se sentir confortável”
Eduardo Cunha, presidente da Câmara, ao falar sobre quando responderá o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff

Políticos e ministros no radar

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“Lula está triste. Estamos encurralados. Precisamos sair da situação.”
Frei Chico, irmão mais velho do ex-presidente, ao dizer que o ex-presidente está em crise e o partido está encurralado. Na avaliação do irmão de Lula, o PT não tem conseguido responder aos ataques dos quais tem sido alvo. “Estão fazendo críticas absurdas, e o partido não sabe como sair”

“É o maior vagabundo de todos”
Ciro Gomes, ex-ministro e ex-governador do Ceará, em sua primeira entrevista após se filiar ao PDT, referindo-se a Eduardo Cunha. Em 17 de agosto, Ciro já havia chamado o peemedebista de “pilantra de 5ª categoria”.

 “Todo mundo diz que é muito horrível, os políticos não gostam. Mas é um imposto pequenininho, de dois milésimos”
Joaquim Levy, ministro da Fazenda, ao defender a volta da CPMF em entrevista à NBR

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O governo tem o plano ‘A’ e estamos empenhados e aprová-lo”
Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, após reunião realizada com parlamentares em busca de apoio político para o pacote 

“Sugeri ao ministro tirar férias e, no lugar dele, colocar um desenvolvimentista”
Rogério Rosso, líder do PSD na Câmara, ao relatar a discussão feia que teve com o ministro da Fazenda Joaquim Levy em reunião sobre o pacote fiscal realizado na terça-feira. “Ele se ressentiu e travou uma briga feia comigo. Ele falou que o rebaixamento da nota de investimento do Brasil pela Standard & Poor’s também foi problema do Congresso”, continuou o líder do PSD.

Se Levy não tem competência, não adianta culpar o Congresso”
Eduardo Cunha, rebatendo a fala de Levy culpando o Congresso pelo rebaixamento de rating. Ele reiterou que acha difícil a aprovação do novo pacote de medidas de ajuste fiscal enviado ao Congresso pelo governo. 

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“A situação no Brasil é extremamente complicada”
Guillermo Mondino, diretor executivo e chefe da área econômica para emergentes do Citigroup, que vê falta de clareza e consenso do governo sobre o que fazer para tentar “achar uma luz no fim do túnel”. 

“O Estado está doente e com suspeita de uma doença maior. Esse Estado tem se mostrado ineficaz em entregar os serviços que as pessoas desejam, apesar de quanto se gasta. É um estado que está semiquebrado”
Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, durante seminário “Caminhos para o Brasil”, organizado por Instituto Teotônio Vilela e PSDB, no Senado. 

Enquanto isso, nos EUA…

 “Outubro segue como uma possibilidade”
Janet Yellen, chairwoman do Federal Reserve. O Fomc trouxe incertezas ao mercado ao olhar para os riscos globais e não elevar os juros – mas a presidente da autoridade monetária deixou a porta aberta para elevar a taxa na próxima reunião. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.