Proposta de ajuste fiscal é pífia e equivocada, diz Eduardo Cunha

Segundo ele, o País não vai voltar a crescer em 2016 com o ajuste fiscal, enquanto a nova meta do superávit de 0,15% do PIB não será atingida

Paula Barra

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SÃO PAULO – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, criticou a proposta de ajuste fiscal do governo. Em evento realizado pelo Lide em São Paulo, Cunha afirmou que a “proposta de ajuste fiscal é pífia e equivocada”. Segundo ele, o País não vai voltar a crescer em 2016 com o ajuste fiscal e a nova meta do superávit de 0,15% do PIB não será atingida.

Cunha afirmou que “ajuste sem confiança é como o cachorro mordendo o rabo”. “O ajuste feito com confiança teria fomentado a economia. Não foi o que aconteceu. O cachorro mordeu o rabo”, continuou ele. “A crise é gravíssima e vai durar por muito tempo”, completou. Para ele, o governo precisa dizer até onde quer chegar, até onde vai o ajuste. 

“As MPs do seguro desemprego não são eficazes quando cresce o desemprego”, afirmou ele no evento. Cunha ainda se mostrou bastante preocupado com a situação econômica do País, destacando um possível corte de rating: “o Brasil vive a ameaça da perda de grau de investimento e será a pior coisa que poderá acontecer”, disse.

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Sobre as recentes acusações de que ele teria pedido propina para votações no Congresso, Cunha voltou a se defender e afirmou que “aqueles que calam, consentem, e eu não vou me calar”. Além disso, ele ressaltou que não irá se afastar de seus compromissos por conta destas acusações. “Fui vítima de uma violência com digitais conhecidas”, disse. 

Segundo ele, o seu objetivo é ajudar o País no que for possível, citando que o impeachment não seria bom para o clima de confiança no Brasil. “Esqueçam pauta bomba, eu não tenho o direito de incendiar o País”.

Cunha ressaltou, no entanto, que a eleição é um mal e que a impopularidade do PT hoje é ainda maior do que a de Dilma. “Não podemos confundir a imagem do PT de hoje com a de todos os políticos”, disse. Para o presidente da Câmara, a popularidade de Dilma hoje reflete sua atuação diferente da campanha. 

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