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SÃO PAULO – Hoje, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência com presidentes dos partidos aliados e líderes da base no Congresso para falar sobre as acusações de “pedaladas fiscais” e sobre o “clima de impeachment”. A reunião, que não estava na agenda da presidente, foi convocada após o clima político ter piorado e muito no último final de semana.
Soma-se a isso o fato do PSDB ter elevado o tom contra o governo em sua convenção realizada no domingo passado. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que “o PSDB está pronto para assumir”, o que deixou muitos da base aliada em estado de alerta.
Aliás, como informa a coluna Radar Online, de Lauro Jardim, o discurso do PSDB, inclusive o de Aécio Neves, que disse que talvez Dilma não termine o seu mandato, assustou setores moderados do PT que estavam preocupados com o radicalismo de Lula.
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Na semana passada, informa a coluna, Lula recebeu em seu instituto e conversou com integrantes radicalizados dos movimentos sociais. A ideia é preparar a tropa de choque para brigar pelo governo e denunciar uma suposta “quebra da institucionalidade” ao se tentar tirar a presidente sem uma razão jurídica sólida.
“Tem gente que mata ou morre pelo Lula. Se isso acontecer, o Brasil pode virar uma Venezuela”, teria dito um petista.
Dilma discorda da estratégia de mobilizar movimentos sociais e espera uma saída por meio do diálogo para que os setores da oposição e o PMDB recuem. Contudo, a avaliação agora de alguns setores do PT é que Lula talvez esteja com uma percepção mais precisa do cenário do que Dilma. Até mesmo a ala mais distante do ex-presidente petista acha isso.
Vale ressaltar que setores do PSDB, do DEM e do PMDB já estão conversando com participantes do movimento Vem pra Rua, que convoca novos atos para o dia 16 de agosto.
No fim de semana, foi destaque ainda a notícia de que alguns integrantes do PMDB procuraram membros da cúpula do PSDB sobre um apoio caso Michel Temer, vice-presidente da República, assuma o governo no lugar da presidente Dilma Rousseff em caso de impeachment, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. Os peemedebistas negaram a informação.
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