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SÃO PAULO – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com uma reclamação disciplinar contra o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Cordeiro Lopes é autor de uma notícia de fato (procedimento extrajudicial destinado a apurar fatos singelos, que não dependerão de maiores esclarecimentos) contra Lula. Ele pede explicações para o ex-presidente, ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e à Odebrecht sobre as viagens do ex-presidente entre 2011 e 2014 a vários países onde a empreiteira possui obras financiadas pelo banco público.
O procedimento, que foi revelado pela revista Época, é uma investigação preliminar, sendo que não há inquérito instaurado.
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Em sua reclamação, o ex-presidente indica postagens d indica postagens o procurador em redes sociais. Dentre elas, as manifestações de simpatia à candidatura de Marina Silva (PSB) no primeiro turno e de Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo turno da eleição presidencial.
O ex-presidente entrou com representação no Conselho Nacional do Ministério Público sob o argumento de que Cordeiro Lopes feriu a legislação, que proíbe manifestações político-partidárias de integrantes da autarquia.
Defesa de Lula
Após a publicação de matéria da revista Época em que diz que o ex-presidente Lula teria praticado tráfico de influência, o Instituto Lula divulgou uma longa nota no início do mês intitulada “As sete mentiras da capa de Época sobre Lula”, rebatendo informações da publicação sobre o assunto.
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De acordo com a nota, a primeira mentira é dizer que Lula está sendo investigado pelo Ministério Público e que ele seria “formalmente suspeito” de dois crimes. A nota do Instituto afirma que Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República do Distrito Federal não abriu qualquer tipo de investigação sobre as atividades do ex-presidente Lula.
“O jornal O Globo, do mesmo grupo editorial, ouviu a propósito a procuradora Mirella Aguiar sobre o feito em curso e ela esclareceu: há um ‘procedimento preliminar’, decorrente de representação de um único procurador, uma ‘notícia de fato’, que poderá ou não desdobrar-se em investigação ou inquérito, ou simplesmente ser arquivada”, afirmou a nota do instituto.
A nota do Instituto Lula também questiona a indicação de Lula seria lobista para privilegiar “seus clientes”. “Que fique bem claro, como respondemos à revista: o ex-presidente faz palestras e não lobby ou consultoria”, afirmou.
A nota destacou ainda que Lula viajou ao exterior para falar das políticas da gestão dele para a redução da pobreza. O instituto também nega que Lula tenha atuado como lobista ou consultor e diz que ele vive de palestras. Após a publicação desta nota, a Época reafirmou manter integralmente o que publicou em sua reportagem desta semana.
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