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SÃO PAULO – O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu, em entrevista à TV Globo exibida nesta quarta-feira, a possibilidade de alta de impostos, incluindo o tributo sobre os combustíveis, no conjunto de medidas necessárias para o ajuste fiscal. “A alta da Cide é uma possibilidade”, afirmou, ressaltando que se buscará o fortalecimento fiscal.
Depois de o dólar ter chegado a bater R$ 2,76 na terça-feira no mercado brasileiro, Levy disse que é preciso ver como a cotação da moeda norte-americana vai evoluir, mas ressaltou que no cenário atual, com forte queda do petróleo, há uma tendência natural de alta.
Levy ainda falou sobre a inflação destacando que, em janeiro, ela é normalmente mais alta. E deu declarações ainda sobre a situação hídrica do País, com o custo adicional nas térmicas que deve levar a um aumento nas contas de luz. O consumo acaba ajustado. A inflação até pelo trabalho fiscal vai entrar no devido momento num processo de queda”. E, segundo ele, o Banco Central tomará as medidas necessárias para isso.
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O futuro ministro também se mostrou confiante sobre o crescimento da economia brasileira e disse que a retomada do crescimento pode ocorrer logo. “A experiência mostra que quando se faz ajustes a reação é muito rápida. A gente fazer as medidas necessárias, ajuda a preservar emprego e a rearrumar as coisas e recomeçar”. Por outro lado, ele afirmou que “não existe solução fácil em relação à economia para o pagamento da dívida pública” e que os gastos do governo precisarão ser reduzidos, assim como será necessário um pacote de ajustes, que precisará ser balanceado.
Ao falar sobre a situação complicada da Petrobras (PETR3;PETR4), que enfrenta um escândalo de corrupção, o futuro ministro afirmou que a capacidade de reação da companhia é forte. “Ela vai saber se ajustar”, disse. Ele ainda afirmou que é cedo para saber se os acionistas majoritários serão solicitados.
(Com Reuters)
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