Meta do superávit em 2015 fica em 1,2% do PIB; confira falas de Levy, Barbosa e Tombini

Futuro ministro da fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a meta de superávit para 2016 e 2017 não será menor que 2% mas que, em 2015, melhora do superávit não deve chegar a esse percentual

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em seu primeiro anúncio como novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacou como pretende fazer a reorganização da economia, avaliando que “a confiança é a mola para Brasil crescer”. Levy ainda disse que suceder o “ministro mais longevo é um privilégio”. 

De acordo com ele, reduzir a incerteza sobre o setor público é um ingrediente importante e reafirmou o compromisso com transparência. Levy afirmou que a meta de superávit para 2016 e 2017 não será menor que 2% mas que, em 2015, melhora do superávit não deve chegar a esse percentual, com estimativa de 1,2% para o próximo ano. A principal meta é o superávit em três anos, destacou. 

Levy ainda destacou que a prioridade é o aumento da taxa de poupança. Ele também ressaltou a importância do mercado de capitais e destacou que ele terá papel cada vez mais importante. 

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Perguntado sobre se a busca de superávit maior pode ameaçar as conquistas sociais, Levy diz que equilíbrio da economia vai permitir continuidade dos avanços sociais. 

Medidas necessárias para o equilíbrio das contas públicas serão tomadas e é um trabalho que envolve não só o governo federal mas também toda a federação. É um trabalho muito importante para a condução do nosso crescimento.

Quando questionado sobre o grau de autonomia da equipe econômica, Levy respondeu: “o objetivo é claro, os meios a gente conhece, acho que há um suficiente grau de entendimento dentro da própria equipe, e maturidade. Essa questão vai se responder de maneira muito tranquila”, afirma Levy ao responder sobre a autonomia da nova equipe econômica. “Evidentemente se a equipe é escolhida é porque há total confiança nesta equipe”, ressaltou. 

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Perguntado por jornalista sobre se “fica bem para o Brasil” a flexibilização do superávit primário – em tramitação no Congresso – Levy “ignorou” a pergunta e foi bem breve, o que provocou risadas na coletiva e até do próprio Joaquim Levy. Ele também fugiu de outras três perguntas: se seguiria os mesmos passos de Guido Mantega e presidir o Conselho da Petrobras, se haverá aumento da Cide para aumentar a receita e quem será o próximo secretário do Tesouro. 

Nelson Barbosa
Já o futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, agradeceu em breve discurso a confiança da presidente Dilma para assumir a pasta do Planejamento. Ele afirmou que os outros níveis continuarão encontrando diálogo dentro do governo e a afirmou que atuará pela desburocratização dos serviços públicos e disse que é uma grande honra suceder Miriam Belchior. 

Barbosa afirmou que terá como “desafio mais imediato” a adequação do projeto orçamentário de 2015 a “um novo cenário macroeconômico”. Isso implicaria na “elevação gradual do resultado primário”.

Ao lado dos também indicados Joaquim Levy, futuro titular da Fazenda, e Alexandre Tombini, que ficará no Banco Central, Barbosa disse que terá como “desafio mais imediato” a adequação do projeto orçamentário de 2015 a “um novo cenário macroeconômico”. De acordo com Barbosa, isso implicará a “elevação gradual do resultado primário”, meta já apontada por Levy antes. “No Orçamento, darei continuidade ao processo de melhoria da eficiência do gasto público, da modernização da gestão e da avaliação do custo beneficio dos diversos programas de governo”, disse o futuro ministro do Planejamento.

Barbosa, que já ocupou a secretaria-executiva do Ministério da Fazenda, pontuou ainda que atuará para a desburocratização e para a melhoria dos serviços públicos. Ele anunciou que terá sob seu comando os principais programas de investimento do governo federal, assumindo a coordenação de ações como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Minha Casa Minha Vida, do Programa de Concessões em Logística e Infraestrutura, além das chamadas Parcerias Público-Privadas (PPP). “Trabalharei em iniciativas para aumentar taxa de investimento e de produtividade”, acrescentou.

Nelson Barbosa encerrou seu discurso dizendo que vai trabalhar em colaboração com o setor privado, com os parlamentares, governadores e prefeitos para a construção de políticas conjuntas. Por fim, ele colocou como o principal objetivo da nova equipe econômica “a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros”.

Barbosa disse que irá trabalhar com a equipe atual para estudar as propostas que foram entregues à nova equipe econômica pelos atuais integrantes dos ministérios. Segundo ele, no entanto, será no tempo necessário para preparar as medidas, sem surpresas, com transparência, e sem anúncio de pacotes. Barbosa disse que a nova equipe, depois de analisar as sugestões recebidas, também apresentará outras. “Vamos dar as nossas sugestões também”, disse.

Alexandre Tombini
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e que vai se manter no cargo ressaltou que a instituição trabalha para manter inflação sob controle e para que ela retorne ao centro da meta de 4,5%, admitindo que o patamar da inflação ainda está elevado em 12 meses.

Tombini explicou, como já fez em outras ocasiões, que essa elevação decorre, em parte, do realinhamento dos preços domésticos com os internacionais e também o realinhamento dos administrados com livres.

(Com Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.