Melhoram as expectativas na construção civil

Mas o impactos mais positivos ficarão para 2017

Equipe InfoMoney

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Colunista convidado: Ana Maria Castelo, pesquisadora do Ibre-FGV

Pelo segundo mês seguido, a sondagem da FGV registrou uma elevação na confiança das empresas da construção.A pesquisa realizada com empresários de todo país em abril mostrou que o resultado foi novamente impulsionado pelas expectativas. Em contrapartida, a percepção em relação à situação corrente continuou em queda – a quarta consecutiva, levando o indicador a superar o piso histórico verificado em março.

Assim, pelo segundo mês, os dois componentes seguem trajetórias opostas, com as expectativas determinando a melhora da confiança empresarial. No entanto, ainda não é possível comemorar. A despeito da melhora na margem, o índice síntese da confiança em abril ficou 10,1 pontos abaixo do índice do ano passado.

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Diversos indicadores da própria sondagem apontam um cenário de atividade bastante enfraquecida. Entre eles vale destacar a situação dos contratos: para 70% dos empresários sua carteira está abaixo do normal.

A atividade fraca vem determinando a piora do mercado de trabalho e o setor segue entre os que mais demitiram no primeiro trimestre do ano. A sondagem de abril aponta que as demissões devem prosseguir. Assim, se em abril de 2014, a falta de mão de obra qualificada era assinalada por 32% dos empresários como a principal dificuldade dos negócios, em 2016 apenas 6,6% indicaram problemas com essa questão. Em contrapartida, para 53% dos empresários, demanda é o maior problema. Vale notar também o aumento da dificuldade de acesso ao crédito, reportado por 23% das empresas.

Entre os segmentos de atividade, o que apresenta pior indicador de situação corrente é o de Serviços Especializados, onde estão Obras de Acabamento e Obras de Instalações, ou seja, um pessimismo nas atividades finais do ciclo produtivo, sinalizando o fim de obras.

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Por sua vez, a confiança das empresas melhorou em decorrência das expectativas com a situação dos negócios para os próximos seis meses. As empresas de infraestrutura são as que registram melhor percepção em relação às expectativas de evolução dos negócios. Mas enfim, mesmo que essa percepção venha a se confirmar, o impacto na atividade ficará para 2017.