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Ibovespa Futuro sobe com esperanças de flexibilização na China e com atenção à PEC da Transição no Senado

Mercado brasileiro acompanha o exterior, com promessa de reforço de vacinação da população idosa na China

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera em alta nos primeiros negócios desta terça-feira (29), revertendo as perdas registradas na sessão anterior e em linha com os mercado internacional, à medida que aumentam as expectativas de uma possível reabertura da China após protestos contra a política de tolerância zero à Covid-19 e a promessa de reforço de vacinação da população idosa do país.

No Brasil, a chamada “PEC da Transição” foi protocolada ontem no Senado, prevendo a retirada do programa Bolsa Família do teto de gastos, no valor de R$ 175 bilhões, com validade de quatro anos – o prazo fixo é a novidade. Ou seja, houve um texto apresentado com poucas mudanças em relação ao anteprojeto apresentado pela equipe do governo eleito há cerca de duas semanas. Isto posto, existe muita resistência ao texto no Congresso, que sinaliza a preferência por oferecer um espaço limitado a gastos considerados essenciais.

Às 9h20 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa para dezembro tinha alta de 0,88%, aos 110.335 pontos.

Nos EUA, os índices futuros de NY operam em alta, com os investidores de olho na China em meio a especulações de que o governo pode fazer mudanças em sua política rígida de Covid Zero. Não houve anúncio oficial, mas os esforços para acelerar a vacinação de idosos são cruciais para a flexibilização das medidas.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro avança 0,08%, S&P Futuro sobe 0,30% e Nasdaq Futuro tem alta de 0,47%.

Voltando ao Brasil, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,56% em novembro, acima do esperado pelo consenso Refinitiv, que apontava para queda de 0,38% no mês.

Câmbio

O dólar comercial opera com baixa de 1,04%, cotado a R$ 5,310 na compra e R$ 5,311 na venda. Já o dólar futuro para dezembro tem queda de 1,18%, a R$ 5,04.

No exterior, a libra esterlina sobe em relação ao dólar na terça-feira, quando a divisa norte-americana caiu em relação à maioria das moedas, à medida que o sentimento do mercado melhorava com a esperança de que a China afrouxasse suas rígidas restrições ao Covid-19.

No mercado de juros, os contratos futuros recuam no médio e longo prazo, dando continuidade ao movimento de ajuste após o estresse observado nas taxas nas últimas semanas. O DIF23 (janeiro para 2023) opera estável, a 13,70%; DIF25, -0,11 pp, a 13,56%; DIF27, -0,09 pp, a 13,27%; e DIF29, -0,06 pp, a 13,26%.

Exterior

Os mercados europeus avançam nesta terça-feira, enquanto investidores seguem monitorando as notícias sobre as restrições da Covid na China.

Em indicadores, o mercado espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha.

Em relação ao petróleo, as cotações sobem devido ao arrefecimento das preocupações com a desaceleração da demanda por combustível na China, principal importador de petróleo, em meio a especulações sobre possíveis relaxamentos na política de Covid Zero do país após protestos.

Cabe destacar ainda que, na véspera, rumores de um corte de produção da Opep+ compensou as preocupações com restrições rígidas da Covid-19 na China, fazendo com que o WTI encerrasse o pregão no positivo.

Ásia

A maioria das bolsas da Ásia fechou em alta, com destaque para alta de mais de 5% da bolsa de Hong Kong, já que os casos de Covid do país na segunda-feira registraram a primeira queda desde 19 de novembro.

O pedido de autoridades chinesas de que idosos sejam proativos em relação à vacinação também ajudou na recuperação dos mercados.

A Comissão Nacional da Saúde (NHC) prometeu em um comunicado “acelerar o aumento da taxa de vacinação das pessoas com mais de 80 anos e continuar aumentando a taxa de vacinação de pessoas de 60 a 79 anos”.

As reduzidas taxas de vacinação na China, com destaque para os idosos, são consideradas há muito tempo a razão pela qual o governo prolonga a política de “covid zero”, que gerou fortes protestos no país no fim de semana.

Os preços do minério ferro na China também operam em alta, registrando quarta alta consecutiva, impulsionados pelas esperanças de recuperação da demanda da commodity enquanto a China está tomando medidas para sustentar o setor imobiliário em dificuldades.