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Ibovespa fecha em queda de 0,08% e sustenta os 114 mil pontos, apesar de baixa da Petrobras (PETR4); dólar cai 0,11%

Destaque do dia, na agenda econômica, ficou para a repercussão do PIB dos Estados Unidos, que subiu acima do esperado

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou praticamente estável nesta quinta-feira (26), com queda de 0,08%, aos 114.177 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira teve performance um pouco pior do que a vista no exterior, em um dia sem muitas novidades no cenário interno.

“Hoje, o dia foi marcado por indefinição no Ibovespa, com ganhos em Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4) e B3 (B3SA3) que sustentaram o índice, enquanto Petrobras (PETR4) recua mais forte, na direção oposta do preço do petróleo, que operou em alta no pregão de hoje”, diz Leandro De Checchi, analista de Investimentos da Clear.

De acordo com ele, o mercado não parece ter gostado da eleição de Jean Paul Prates como presidente da petroleira – o que, apesar de já esperado, fez a companhia não acompanhar a alta do petróleo, com o barril Brent avançando 1,60%, a US$ 87,50.

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“Mercado brasileiro está de lado, com volume fraco. A composição da alta daqui o que está puxando são as commodities, principalmente as metálicas”, debate Luiz Adriano Martinez, gestor de renda variável da Kilima Asset.

Entre as maiores altas do índice, ficaram as ordinárias da CSN (CSNA3), com mais 4,43%, as preferenciais série A da Usiminas (USIM5), com mais 3,74%, e as preferenciais da Gerdau (GGBR4), com mais 2,23%.

Do lado das principais quedas do Ibovespa, no entanto, ficaram os papéis de empresas de celulose, com as ordinárias da Suzano caindo 2,93% e as unitárias da Klabin (KLBN11), 0,72%, após o JP Morgan cortar as recomendações para o setor.

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A perspectiva de reabertura da China, bem como a divulgações de dados que mostram que a economia americana está mais forte do que o esperado, impulsionam a perspectiva de que a demanda por produtos não manufaturados continuará alta.

“Grande destaque foi a divulgação do produto interno bruto (PIB) americano, que veio um pouco mais forte do que o mercado esperava. Embora o headline mais forte, na abertura vemos que o dado não foi tão forte. Tivemos destaque para os estoques e as exportações. Os treasuries chegaram a subir um pouco, com expectativa de que o dado poderia levar o Federal Reserve a subir mais o juros do que aquilo que está precificado, mas após a abertura houve recuo”, acrescenta o gestor da Kilima.

Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,61%, 1,10% e 1,76%.

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A divulgação de que o PIB do quarto trimestre veio com alta de 2,9%, ante 2,5% do consenso, afastou o temor de recessão e, ao mesmo tempo, a composição do dado não levantou temores de que a inflação irá ficar elevada.

A boa performance da economia americana, contudo, valorizou levemente o dólar – o DXY, que mede a força da divisa ante outras de países desenvolvidos, subiu 0,17%, aos 101,81 pontos. Frente ao real, no entanto, a moeda caiu 0,11%, a R$ 5,074 na compra e a R$ 5,075 na venda.

A curva de juros brasileira fechou sem direção única. Os DIs para 2024 ganharam 1,5 ponto-base, a 13,50%, e os para 2025, sete pontos, a 12,74%. Os contratos para 2027 e 2029 perderam, ambos, um ponto, a 12,72% e 12,95%.