Eletrobras (ELET3;ELET6) lança oferta de ações nesta sexta; precificação ocorrerá em 9 de junho

Companhia lança oficialmente ao mercado uma operação que pode movimentar cerca de R$ 30 bilhões pelas estimativas do governo.

Equipe InfoMoney

(Eletrobras)

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A Eletrobras (ELET3;ELET6) entregou nesta sexta-feira (27) os documentos necessários para realizar a oferta de ações com vistas à sua privatização, lançando oficialmente ao mercado uma operação que pode movimentar cerca de R$ 30 bilhões pelas estimativas do governo.

A operação envolverá uma oferta primária e secundária de ações ordinárias realizada simultaneamente no Brasil e no exterior. A oferta primária será, inicialmente, de 627.675.340 novas ações.

O comunicado diz ainda que a quantidade de ações da oferta inicial poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 15% do total das ações.

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O início do período de reserva será de 3 a 8 de junho (7 de junho para a reserva prioritária). O processo de coleta de intenções de investimento (“bookbuilding”) será em 9 de junho, quando será definido o preço por ação, segundo comunicado entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O início das negociações das ações da oferta será em 13 de junho.

Com o lançamento oficial da oferta ao mercado, os próximos passos são o “roadshow” de apresentação da oportunidade a investidores e a coleta de intenções de investimento, quando se apura efetivamente a demanda do mercado pela operação e o valor final por ação da oferta.

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Integralização da Santo Antônio Energia

Cabe destacar que a elétrica informou a aprovação pelo conselho de administração da integralização, por sua subsidiária Furnas, da totalidade das ações da Madeira Energia –controladora da Santo Antônio Energia  que eventualmente sobrarem após um aumento de capital que pode não ser acompanhado pelos demais sócios no empreendimento.

Ela republicou seu balanço do primeiro trimestre, “no contexto da oferta pública de ações a ser realizada pela Companhia”, para incluir uma revisão da avaliação do auditor independente em relação à Santo Antônio, alertando para possível inadimplência.

A Santo Antônio Energia, que controla uma usina hidrelétrica de mesmo nome no Rio Madeira (RO), deve realizar um aumento de capital de cerca de R$ 1,5 bilhão até o fim deste mês para fazer frente a uma decisão arbitral desfavorável.

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No entanto, sócios da empresa podem não acompanhar a operação –a Cemig (CMIG4), por exemplo, já declarou ao mercado que não fará o aporte correspondente à sua participação de 8,53% na Madeira Energia.

Além de Cemig e Furnas –que detém a maior fatia do capital da Madeira Energia, com 43,06%–, são acionistas na empresa a Novonor (antiga Odebrecht, com 18,25%), Caixa FIP Amazônia Energia (19,63%) e SAAG (veículo da Andrade Gutierrez, com 10,53%).

Segundo comunicado da Eletrobras divulgado na quinta-feira, titulares de debêntures de Furnas terão que aprovar a realização do aumento de capital na Madeira Energia. Uma assembleia de debenturistas foi marcada para 30 de maio.

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Caso não obtenha essa aprovação, a Eletrobras alertou que a dívida representada pelas debêntures deverá ser declarada antecipadamente vencida, “o que poderá causar um efeito adverso relevante em Furnas e na Companhia em decorrência de inadimplemento ou vencimento antecipado cruzado (cross acceleration ou crossdefault) de suas dívidas”.

No formulário de informações trimestrais (ITR) atualizado nesta sexta-feira, a Eletrobras aponta que, se não obtiver os “waivers”, poderá não ser capaz de cumprir a maioria de suas obrigações de pagamento.

“Da mesma forma, a Companhia acredita que não terá recursos suficientes para quitar a maior parte de sua dívida caso ela se torne imediatamente vencida e exigível e para continuar a implementar seu plano de negócios, o que comprometeria suas operações, condição financeira e resultados operacionais”.

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Em 31 de março, a dívida total de Furnas era de cerca de R$ 7 bilhões, e a dívida consolidada da Eletrobras era de R$ 41,6 bilhões.

Neste mês, o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, comentou que a Eletrobras estava analisando “todos os cenários” em relação à Santo Antônio Energia, “inclusive o de que (outros sócios) não façam o aporte”. “Não saberíamos quantificar o que aconteceria no eventual pior cenário, mas eventualmente teria que fazer uma negociação com credores”, disse Limp na ocasião, acrescentando que não via impacto dessa operação de Santo Antônio sobre a capitalização da companhia.

(com Reuters)

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