CVM autoriza lançamento do primeiro ETF de criptomoedas do Brasil

Chamado Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice, o ETF será listado na B3 para qualquer tipo de investidor, sob o ticker HASH11

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou que o primeiro fundo de índice (ETF) de criptoativos do mundo, criado pela gestora Hashdex, seja negociado no Brasil.

Chamado Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice, o ETF será o primeiro do tipo no País, estará listado na B3 para qualquer tipo de investidor, sob o ticker HASH11.

Esse ETF foi anunciado em setembro de 2020 e no mês passado foi listado na Bolsa de Valores de Bermudas, com suporte da própria Nasdaq.

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O fundo irá replicar o Nasdaq Crypto Index (NCI), um índice desenvolvido em conjunto pela Nasdaq e pela Hashdex, e terá como objetivo ter retornos que correspondam em reais à performance desse índice.

O NCI é composto por seis criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash e Chainlink.

O índice sofre um rebalanceamento a cada três meses e para chegar a esta configuração foram usados quatro filtros principais: o ativo deve ser negociado em três bolsas de criptoativos reguladas; deve ser suportado por pelo menos dois custodiantes institucionais; ter preço flutuante; e representar no mínimo 0,5% de todo o mercado de criptoativos.

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A custódia dos ativos é feita na BitGo, Coinbase, Fidelity e Gemini, todas empresas reguladas e com sede nos EUA. Já as movimentações feitas nos rebalanceamentos do fundo são feitas na Coinbase, Gemini, BitStamp, itBit e Kraken.

Segundo fontes disseram ao site Brazil Journal, a captação mínima para viabilizar a oferta do ETF é de R$ 250 milhões, mas, como não há limite de teto, a expectativa é levantar um valor significativamente maior.

Com esta opção, o acesso ao mercado de criptomoedas fica ainda mais fácil para o investidor de varejo, já que hoje as únicas opções são comprar diretamente os ativos nas corretoras especializadas ou via fundos.

Porém, neste segundo caso, as opções ainda são escassas, sendo que os fundos mais acessíveis têm pouca exposição ao mercado de criptos, cerca de 20%. Já os fundos mais expostos são voltados apenas para investidores qualificados ou profissionais, com pelo menos R$ 1 milhão investido. Além disso, fundos também cobram taxas maiores que um ETF (entenda mais clicando aqui).

A Hashdex informou que irá informar em breve mais detalhes da oferta, assim como seu cronograma, condições e documentos aplicáveis. Haverá ainda um site para o ETF, onde serão dados todos os detalhes, e que também será informado em breve.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.