Após superar os R$ 3,30, dólar ligou sinal amarelo e pode subir ainda mais, alerta analista

"Entendemos que a cotação ainda está 'sob controle', mas acima da região de R$ 3,30 o sinal amarelo fica ligado", alerta

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Apesar da recente vitória do presidente Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e da permanência do PSDB na base aliada, o cenário político segue bastante conturbado e indefinido, com as reformas do governo ainda em sério risco de não serem aprovadas. Diante disso, o dólar tem seguido um cenário de alta, que se acentuou nos últimos dias antes da reunião do Fomc (Federal Open Market Committee).

Após superar os R$ 3,30 na véspera, o dólar comercial estende os ganhos na sessão desta terça-feira (13), chegando a R$ 3,3214 na venda às 12h42 (horário de Brasília), o que liga o sinal amarelo para a moeda, segundo o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

“Entendemos que a cotação ainda está ‘sob controle’, mas acima da região de R$ 3,30 o sinal amarelo fica ligado”, alerta o diretor. “Nosso desconforto se materializará somente se a cotação ficar acima do nosso gatilho de reversão da tendência de longo prazo (R$3,30) por alguns dias. Ainda não é o caso!”, ressalta. A tendência de longo prazo segue de queda do dólar, enquanto no médio prazo a tendência é de alta.

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Entre os principais fatores que estão deixando o dólar mais estressado estão as dúvidas políticas, a continuação da queda das commodities, um cenário mais tenso antes da reunião do Fomc amanhã – que deve subir os juros nos Estados Unidos -, além de termos um feriado na próxima quinta-feira (15) no Brasil.

No noticiário, o Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais – equivalente à venda futura de dólares – para rolagem dos contratos que vencem em julho. Com isso, a autoridade já rolou US$ 2,460 bilhões do total de US$ 6,939 bilhões que vence no mês que vem.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.