Trump manteve suas principais promessas de campanha – menos uma, fundamental para os mercados financeiros

Uma promessa importante ficou de fora da lista de ação no início do mandato

Mário Braga

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SÃO PAULO – A noção de que Donald Trump iria atenuar seu discurso de campanha depois que assumisse a presidência dos Estados Unidos não se concretizou. Pelo contrário, em menos de 30 dias na Casa Branca, o republicano sinalizou que cumprirá inclusive suas promessas mais polêmicas.

Ele assinou um decreto para barrar a entrada de refugiados e de imigrantes de sete países de maioria muçulmana, autorizou a saída dos Estados Unidos do TPP (Parceria Transpacífica), autorizou a construção de um muro na fronteira com o México – e garantiu que os mexicanos vão pagar pela obra por meio de uma tarifa de importação de 20% – e deu início ao afrouxamento da regulação sobre Wall Street.

No entanto, uma promessa que pode mexer com os mercados globais ficou de fora da lista de ação no início do mandato. Conforme destaca o portal CNBC, durante a corrida presidencial, o bilionário afirmou que os chineses eram “os maiores manipuladores cambiais que já existiram no planeta” e que classificar a China como manipulador cambial seria “prioridade de primeira ordem”.

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Segundo informa o The Wall Street Journal, a Casa Branca está considerando uma proposta que alteraria o que significa ser um “manipulador cambial”. Desta forma, Trump não precisaria listar a China sob a nova definição e, assim, evitaria irritar as autoridades chinesas, uma vez que as economias das duas maiores potências do mundo são complementares. 

Jacob Shapiro, diretor de análise na Geopolitical Futures, instituição que analisa e faz estimativas sobre eventos globais, há duas hipóteses para o caso. “Ou Trump não pode ou não quer classificar a China como manipulador cambial”, afirmou.

Relatório elaborado em outubro, apontava que os chineses se enquadravam em apenas um dos três critérios estabelecidos para determinar se um país manipula a cotação da sua moeda. Em comparação, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Suíça “atendiam” a duas condições.