Dólar sobe 1,15% e volta a se aproximar de R$ 3,15 em movimento de correção

O cenário externo também influenciou o movimento no câmbio

Reuters

Publicidade

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar terminou com alta superior a 1 por cento ante o real, num movimento de correção depois de dois dias de quedas terem levado a moeda norte-americana para o nível de 3,10 reais por conta de forte entrada de recursos externos. O cenário externo também influenciou o movimento no câmbio.

O dólar avançou 1,15 por cento, a 3,1423 reais na venda, depois de bater 3,1540 reais na máxima do dia e 3,1150 reais na mínima. O dólar futuro avançava 0,82 por cento, no final desta tarde.

“O preço do dólar estava num nível atrativo e chamou compras. Até porque a virada do mês está próxima e o fluxo pode diminuir”, comentou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Na terça-feira, a moeda norte-americana cedeu 0,46 por cento, a 3,1065 reais, e terminou no menor nível desde 2 de julho de 2015, queda mais contida do que a perda de 1,26 por cento vista na sessão anterior.

“O Banco Central informou que não pretende rolar integralmente o swap de novembro. Isso conteve o recuo do dólar na véspera, com o mercado vendo um sinal de que o nível confortável da autoridade estaria ao redor de 3,10 reais”, comentou mais cedo o diretor da mesa de câmbio da corretora Multi-Money, Durval Correa.

Na noite de segunda-feira, o BC informou que não anularia integralmente os swaps tradicionais –equivalente à venda futura de dólares– com vencimento em 1º de novembro diante do forte fluxo positivo esperado com a regularização de recursos brasileiros no exterior, cujo prazo termina em 31 de outubro.

Continua depois da publicidade

O BC vendeu nesta manhã integralmente os 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares e que tem sido usado para reduzir o estoque de swap tradicional. Do total, nenhum contrato para 1º de novembro foi vendido.

O mercado tinha expectativa de que o ingresso de fluxo de recursos poderia inverter a trajetória da moeda ao longo do dia, mas não foi o que aconteceu. O movimento comprador falou mais alto sessão e acabou ofuscando a entrada de recursos externos.

Na véspera, o BC informou que houve entrada líquida de quase 1,6 bilhão de dólares na conta financeira —por onde passam investimentos diretos, em portfólio e outros– só nos últimos três dias até o dia 21 passado por conta do programa de regularização. No mês, o fluxo cambial total estava positivo em 2,531 bilhões de dólares.

O exterior também ajudou na alta do dólar frente ao real neste pregão. A moeda norte-americana subia frente a outras divisas emergentes, como o rand sul-africano, o peso mexicano e a lira turca.

Os investidores estavam à espera de definições da política monetária e eleições nos Estados Unidos. O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reúne-se nos próximos dias 1º e 2 de novembro, embora o mercado aposte que a elevação da taxa básica do país deverá acontecer apenas em dezembro. No dia 8 do mesmo mês, acontece a eleição presidencial do país.