O comunicado do BC que acalmou o mercado e fez o dólar cair 2,4% da máxima do dia

Se necessário, afirma o BC, "adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal dos mercados financeiro e cambial"

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Como já era de se esperar após acompanhar a reação caótica dos mercados pelo mundo com a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, o dólar comercial abriu esta sexta-feira (24) com uma expressiva alta de 2,71%, cotado a R$ 3,4352, mas perdeu força logo em seguida com uma ajuda do Banco Central.

A autoridade monetária divulgou uma nota em que afirma estar “monitorando continuamente os desenvolvimentos nos mercados global e doméstico” do resultado do referendo. Se necessário, afirma o BC, “adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal dos mercados financeiro e cambial”.

Logo em seguida ao comunicado, a moeda amenizou fortemente e passou a subir apenas 0,24%, em sua mínima do dia, a R$ 3,3526. O movimento representa uma queda de 2,40% sobre a máxima registrada na abertura. O dólar, porém, voltou a acelerar os ganhos e fechou com alta de 1,05%, cotado a R$ 3,3785 na compra e R$ 3,3797 na venda, ainda longe da máxima da sessão.

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“A economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo, especialmente, relevante montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional”, explicou o BC em nota. 

Em entrevista para a Bloomberg, Jefferson Rugik, diretor presidente da Correparti Corretora disse que a nota do BC, junto com desmonte de posições e fluxo de exportador ajudaram a aliviar o mercado. “Investidores entenderam que o BC também não quer o dólar tão forte aqui”, afirmou. 

“Ainda vamos ter estresse, mas pode ser que [Brexit] seja positivo no sentido de trazer investimento, até capital de risco para Brasil, e dólar passar a cair”, ressaltou Rugik.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.