BC anuncia leilão de linha para esta terça-feira; veja como isto afeta o dólar

Os leilões de linha são feitos por meio da venda de moeda norte-americana no mercado à vista, com recursos das reservas internacionais brasileiras

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Banco Central anunciou na noite desta segunda-feira (30) que realizará amanhã dois leilões de venda conjugados com compra de dólares, também chamados de leilão de linha. Esta operação equivale a um empréstimo de moeda estrangeira. O leilão “A” ocorre entre 15h15 e 15h20 (horário de Brasília), enquanto o segundo ocorre entre 15h30 e 15h35.

As datas de liquidação ocorrem em 2 de agosto e 2 de setembro deste ano, respectivamente. Nesse tipo de operação, a venda da moeda americana só será aceita se combinada com compra pela autoridade monetária no mesmo montante. Apesar de não ser um mecanismo que faça a moeda subir ou cair diretamente, a tendência é que este leilão evite uma valorização do dólar contra o real na próxima sessão. 

Os leilões de linha são feitos por meio da venda de moeda norte-americana no mercado à vista, com recursos das reservas internacionais brasileiras. Nesse mecanismo, os dólares têm de ser devolvidos ao BC nos meses seguintes. Durante esse período, ficam no mercado, ajudando a dar liquidez e reduzindo uma pressão de alta do dólar. Como retornam às reservas cambiais, o BC considera que essas operações não impactam as reservas cambiais.

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Nesta segunda o dólar comercial fechou com queda de 0,92%, cotado a R$ 3,5779 na venda, após chegar a R$ 3,6171 na máxima e R$ 3,5739 na mínima do dia. A moeda norte-americana havia subido 0,38% na sessão passada e voltado a superar R$ 3,60. Na falta do mercado americano, que ficou fechado por conta do feriado de Memorial Day, ajudou o mercado o resultado do superávit primário do governo central superando de longe as expectativas de analistas em abril.

O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de 9,751 bilhões de reais em abril, bem acima do saldo positivo de 600 milhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.