Dólar dispara a partir do meio dia: entenda a reviravolta em uma imagem

Depois de cair 1,7% nesta manhã, o contrato futuro do dólar disparou 2% a partir das 12h, com o mercado entrando em tendência de alta após a formação da Ptax

Paula Barra

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SÃO PAULO – O dólar viveu pregão de turbulência nesta quinta-feira (31), em dia de formação da Ptax e leilão de swap reverso do Banco Central. Depois de cair 1,7% nesta manhã, o contrato futuro da moeda entrou em movimento de recuperação na Bolsa desde às 12h (horário de Brasília). De lá até agora, o dólar futuro com vencimento em maio (DOLK16) subiu 2%, indo para R$ 3,633. Na mínima do dia, ele bateu R$ 3,559. Vale lembrar que hoje ocorre a rolagem do contrato de abril, que foi negociado até às 13h na Bovespa, para o mês de maio. 

Essa movimento pode ser explicado principalmente pela formação da Ptax, decisiva nesta sessão, comenta Pablo Spyer, diretor da mesa de operações da Mirae Asset. “O que corrobora para essa visão foi a queda forte na Bolsa de manhã, junto com a queda do dólar, algo muito incomum, dado que esses ativos são inversamente correlacionados. Assim que a Ptax foi formada, o mercado entrou em tendência de alta e subiu forte, zerando a queda”, explica. 

A Ptax é uma taxa média do câmbio do que é negociado na parte manhã de cada dia. A Ptax do último dia útil de cada mês serve de referência para a liquidação de contratos futuros e de outros derivativos e, por isso, é tão importante. A formação do preço ocorre entre 09h00 e 13h (horário de Brasília) e ficou em em R$ 3,5583 na compra e R$ 3,35589 na venda. 

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Nesta manhã, o movimento de queda do dólar ocorreu após o BC vender, novamente, poucos contratos de swap reverso, equivalente à compra futura de dólares. Dos 17.000 ofertados, apenas 2.900 contratos tiveram adesão. Na quarta-feira, o BC vendeu apenas 3.000 contratos, da oferta de até 20.000 contratos, mesmo com a pressão de baixa do dólar. 

Além dos fundamentos do próprio mercado cambial, o dólar também reage ao Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta manhã pelo BC. O documento mostra que o BC passou a trabalhar com premissas de PIB (Produto Interno Bruto) ainda mais baixo e inflação ainda mais alta para 2016. O relatório também reconhece, pela primeira vez, que o teto da meta não deverá ser respeitado neste ano.

O discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, durante a semana, também continua pressionando o dólar. Yellen sugeriu que o processo de elevação da taxa de juros será mais gradual do que o previsto pelo mercado.

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Confira a reviravolta do dólar hoje em uma imagem: