Como a virada do petróleo ajudou o dólar a fechar em queda após superar R$ 4,00

As taxas dos contratos futuros de juros seguiram o mesmo movimento, fechando em queda na BM&F

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após chegar a subir 1% e superar novamente os R$ 4,00, o dólar perdeu força no fim da sessão desta quarta-feira (24) e acabou fechando com queda de 0,15%, cotado a R$ 3,9558 na compra e R$ 3,9568 na venda, em sua mínima do dia. O movimento ocorreu seguindo a virada do petróleo no exterior, que caminha para fechar com ganhos de mais de 1%.

Este tipo de evento favorece mercados emergentes, como o Brasil, que possuem economias muito ligadas às commodities como o petróleo. Diante de uma melhora no cenário do ativo, a tendência é que o ambiente do País melhore, o que favorece para uma caminhada oposta da moeda norte-americana, como acontece hoje.

As taxas dos contratos futuros de juros seguiram o mesmo movimento, fechando em queda na BM&F. O DI para janeiro de 2017 caiu 4 pontos-base, para 14,17%, enquanto o contrato para janeiro de 2018 recuou 7 pontos, para 14,60%. Já o DI para janeiro de 2021 caiu 5 pontos-base, a 15,57%.

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Ajudou ainda o câmbio o impacto reduzido do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, que já era esperado pelo mercado, uma vez que a agência era a única que mantinha o rating do Brasil em grau de investimento. Diante disso, os investidores aproveitaram o alívio no ambiente externo para corrigirem parte dos exageros, após a alta de ontem.

Nesta manhã, o BC promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou US$ 8,705 bilhões, ou cerca de 86% do lote total, que equivale a US$ 10,118 bilhões.

Por meio dos contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.