Dólar cai forte, mas fecha acima de R$ 4,00 após estímulos no Japão e PIB do EUA

Moeda chegou a recuar quase 2% e seguiu movimento externo com "ajuda" do Japão, enquanto dados nos EUA reforçaram ideia de alta de juros mais gradual

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O dólar comercial já operava com forte queda desde a abertura, mas acentuou o movimento junto com a disparada da Bovespa durante a tarde, o que levou a moeda a perder o patamar dos R$ 4,00 pela primeira vez desde 14 de janeiro. A divisa acompanhou o cenário visto no exterior, favorecida pelos estímulos monetários anunciados pelo Banco do Japão e pelos fracos dados econômicos nos EUA.

Apesar da forte queda, o dólar não conseguiu fechar abaixo de R$ 4,00, encerrando esta sexta-feira (29) com perdas de 1,37%, aos R$ 4,0217 na compra e R$ 4,0243 na venda. Na mínima do dia, a moeda chegou a cair 1,98%, atingindo os R$ 3,9992.

O Banco do Japão juntou-se a outros grandes bancos centrais (Suécia, Suíça, Dinamarca e BCE) e definiu uma taxa de juro negativa de 0,1% sobre os depósitos que as instituições financeiras detêm no banco. A equipe da Azimut Brasil explica que a medida faz com que os bancos tenham que emprestar recursos, caso contrário terão retornos negativos em parte das reservas compulsórias ao banco central.

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Enquanto isso, os EUA divulgaram um PIB (Produto Interno Bruto) pior que o esperado, aumentando as apostas de que o Federal Reserve será ainda mais gradual no processo de alta de juros ou pode até adiar novas elevações por um tempo, o que beneficia os mercados emergentes. A economia americana desacelerou o crescimento no quarto trimestre de 2015 para 0,7%, contra 2% de expansão no trimestre anterior.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.