“Se Dilma ganhar sobrevida, então o pior do dólar pode ter passado”, diz diretor de gestora

Embora as questões externas ajudem a dar um alívio à disparada da moeda, é na agenda interna que o investidor deve olhar com mais atenção, alerta diretor de câmbio da Wagner Investimentos

Paula Barra

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SÃO PAULO – O dólar dá sequência nesta segunda-feira (5) ao movimento de correção frente ao real, enquanto investidores jogam para 2016 apostas em alta dos juros nos Estados Unidos. Embora as questões externas ajudem a dar um alívio à disparada da moeda, é na agenda interna que o investidor deve olhar com mais atenção.

Isso porque as dúvidas sobre o futuro político ainda limitam um apetite de venda da moeda, mesmo com a cotação na casa dos R$ 4,00 parecendo muito atraente em meio à Selic de 14,25% ao ano, avalia José Faria Júnior, diretor de câmbio da Wagner Investimentos. No entanto, “se Dilma ganhar uma sobrevida, então o pior do dólar pode ter passado”.

Segundo ele, as votações dos vetos e o Orçamento de 2016 mostrarão isso, enquanto os investidores devem seguir atentos também a questão do impeachment e o Congresso do PMDB. 

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Do ponto de vista técnico, Faria Júnior vê chances do dólar ir a R$ 3,85, mas é preciso fazer as contas: até que ponto vale aguardar essa queda de 2% a 3% para fazer hedge? Para ele, o ponto atual não é desfavorável para ao menos iniciar as proteções de curto prazo, devido ao alto grau de incerteza política (incluindo a aprovação do Orçamento) no País.

Nesta segunda-feira, o dólar registrava queda de 0,93% às 15h41 (horário de Brasília), sendo cotado a R$ 3,9075 na compra e R$ 3,9090 na venda. Na mínima do dia, a moeda chegou a bater R$ 3,8925. 

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