Dólar bate máxima de 2002 com tensão sobre rating, mas ameniza para R$ 3,62

Câmbio sobe pressionado por notícias de que o governo irá prever um déficit primário na proposta do Orçamento de 2016, o que pode abrir caminho para perda do grau de investimento do Brasil

Paula Barra

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SÃO PAULO – Após ultrapassar a marca de R$ 3,68, o dólar ameniza alta nesta segunda-feira (31). A moeda era puxada por notícias de que o governo irá prever um déficit primário na proposta do Orçamento de 2016. O mercado acredita que isso poderá fazer o Brasil perder o grau de investimento.

Às 12h43 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 1%, a R$ 3,6210 na venda, depois de ter batido R$ 3,684 na máxima do dia, atingindo o maior patamar desde dezembro de 2002. 

Segundo o diretor de câmbio da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, o cenário interno abre caminho para o dólar buscar seu objetivo de longo prazo, entre R$ 3,80 e R$ 4,00. 

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“Primeiro foi a redução da meta fiscal, que levou a cotação para perto de R$ 3,50, e, hoje, com o envio do Orçamento com o primeiro rombo da história, de R$ 30 bilhões. Isso praticamente garante o nosso rebaixamento nos próximos meses caso o Congresso não encontre uma solução”, disse Faria Júnior. No meio de tudo isso, comenta, ainda tem a queda das bolsas chinesas e dos Estados Unidos e temor de alta dos juros do Federal Reserve no dia 17 deste mês.

Para tentar conter a escalada da moeda, o Banco Central antecipou anúncio da rolagem de swaps (será integral novamente) e está fazendo leilão de US$ 2,4 bilhões de linha hoje.