O rali meteórico do dólar no mundo está próximo de chegar ao fim, diz HSBC

De acordo com o banco, o dólar é a segunda moeda mais cara do mundo, ficando atrás apenas do franco suíço

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Já se passaram 8 meses desde que o dólar passou a disparar em relação às principais moedas do mundo e nesta quinta-feira (19) a equipe do HSBC afirmou que o fim deste rali já pode estar chegando ao fim. Os estrategistas do banco britânico elevaram suas previsões em relação ao euro, tornando-se o primeiro grande banco a prever um euro mais forte até o final do próximo ano.

A expectativa vai contra o que o Goldman Sachs disse na semana passada, quando atualizou sua previsão, dizendo que vê o euro atingindo a paridade com o dólar em setembro, e caindo para US$ 0,80 no final do ano de 2017. Nos últimos meses, a moeda americana disparou contra praticamente todas as principais moedas do mundo, lembrando que no Brasil, não apenas a questão envolvendo a alta de juros nos EUA, mas também a tensão política levou a divisa a bater em R$ 3,30.

Um dos analistas do HSBC, David Bloom, afirma que embora o rali possa ter espaço para se prolongar um pouco mais, os fundamentos sugerem que o mercado já começa a ver um alívio no exterior. “As pessoas estão dizendo que não precisa se preocupar com dados porque os bancos centrais estão ancorados – mas as moedas não são baseadas apenas em diferentes taxas de juros, não são apenas sobre os diferenciais de política”, disse Bloom ao MarketWatch.

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Segundo o banco, o dólar é a segunda moeda mais cara do mundo, ficando atrás apenas do franco suíço. Bloom afirma que ainda existem vários riscos que podem manter o dólar mais forte por um tempo maior, o que inclui uma saída da Grécia da zona do euro, uma crise nas moedas de países emergentes ou mesmo um erro de política por parte do Banco Central japonês.

Porém, ele ressalta que esses riscos são, em grande parte, vindos do exterior e não refletem a mudança fundamental pela qual passa os EUA. “Como dizem os japoneses: ‘curta a festa, mas dance perto da saída'”, disse Bloom. “A festa está quase no fim. Se você deixar para ir embora às 23h30 ou 00h00, será uma grande noite. Se você ficar muito tempo, você pode ter problemas”, completou.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.