Dólar sobe mais de 1% e volta a ficar acima de R$ 2,60; é o fim da queda da moeda?

O desempenho ocorre após o fim de reunião do Federal Reserve ontem e a ata do último encontro do Banco Central brasileiro

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após chegar ao seu menor nível em 2 meses, o dólar voltou a subir forte nesta quinta-feira (29), voltando a superar com facilidade o nível de R$ 2,60, reforçando o que especialistas já indicavam: o fim da queda da moeda. O dólar fechou com valorização de 1,37%, a R$ 2,6113 na compra e R$ 2,6121 na venda.

O desempenho ocorre após o fim de reunião do Federal Reserve ontem e a ata do último encontro do Banco Central brasileiro. No caso do exterior a sinalização é que devemos ver uma elevação dos juros ainda neste ano, principalmente por conta da retirada do termo “tempo considerável” quando fala sobre a alta das taxas.

Mesmo pedindo paciência do mercado, especialistas não viram nisso uma possibilidade de adiamento desta medida. Além disso, chamou atenção o uso do termo “sólido ritmo” de crescimento da economia, frente ao “ritmo moderado” utilizado antes, o que reforça a ideia de que o Fed acredita que a economia do país está se recuperando em bons níveis.

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Diante disso, os analistas da Empiricus destacaram que os fundamentos do mercado de dólar estão de volta, reforçando que neste momento podemos não ver mais a moeda cair. “Fim da farra de liquidez e sinal inequívoco de pressão altista sobre o dólar”, disseram eles em sua newsletter diária.

Enquanto isso, a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta manhã, mostrou uma elevação das previsões para a inflação em 2015, mas retirou do documento que fará “o que for necessário” para que neste ano a inflação entre em um “longo” período de declínio que a leve à meta de 4,5% em 2016, além de não usar a expressão “especialmente vigilante” do parágrafo que dá diretriz de política monetária.

Com isso, a ata praticamente acabou com as expectativas de que o BC poderia manter seu atual ritmo de aperto monetário. Diante da ata, o mercado começa a acreditar que na reunião de 4 de março a autoridade monetária eleve a Selic em apenas 0,25 ponto percentual.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.