Dólar fecha em leve alta ante o real acompanhando exterior

A divisa dos Estados Unidos subiu 0,09%, a R$ 2,6574 na venda, após encerrar todas as sessões desta semana em alta ou baixa de mais de 1%; na semana, o dólar acumulou alta de 0,23%

Reuters

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SÃO PAULO – O dólar fechou em leve alta nesta sexta-feira, em um dia de baixa liquidez, acompanhando as moedas de outros mercados emergentes que também perderam força frente à moeda norte-americana, em uma semana de muita volatilidade causada por incertezas no cenário externo.

A divisa dos Estados Unidos subiu 0,09 por cento, a 2,6574 reais na venda, após encerrar todas as sessões desta semana em alta ou baixa de mais de 1 por cento. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,23 por cento.

“No fim de ano, o mercado esvazia e fica flutuando de um lado para o outro. Ainda assim, claramente o dia hoje está bastante tranquilo”, disse o gerente de operações do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.

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Mais cedo, o dólar operou em leve queda, com a recuperação do rublo russo melhorando o humor dos investidores internacionais.

“É um cenário muito volátil”, disse o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto, acrescentando que a alta vista na segunda metade da sessão acompanhou a tendência de fora, “com as outras moedas também perdendo força”.

No início da semana, a derrocada do rublo e a contínua queda dos preços do petróleo –sintoma de fraqueza na recuperação global e de excesso de oferta da commodity– impulsionaram a moeda norte-americana ante o real.

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Mas a aversão global a ativos de risco se reverteu após o Federal Reserve, banco central norte-americano, mostrar otimismo sobre a economia dos EUA e afirmar que será “paciente” na elevação dos juros. A recuperação do rublo também melhorou o humor do mercado nesta sessão, após o governo da Rússia informar que está vendendo dólares das reservas e que espera que exportadores tragam mais divisas estrangeiras ao país.

O rumo do câmbio brasileiro no curto prazo depende das medidas que serão adotadas pela nova equipe econômica para enfrentar o quadro de inflação alta e crescimento baixo no país.

Além disso, detalhes sobre a extensão do programa de intervenção cambial do Banco Central brasileiro serão cruciais para a cotação do dólar.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, já disse que o programa –que atualmente consiste em leilões diários de até 4 mil swaps cambiais no valor equivalente a 200 milhões de dólares– será estendido no ano que vem, mas poderá ser reduzido a até 50 milhões de dólares por dia.

“O mercado se tranquilizaria bastante com um pacote de medidas crível. Dependendo do valor dos leilões, (o BC) pode tirar um pouco da força de semanas como essa, de turbulência”, disse o operador de um importante banco nacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta diária total de até 4 mil swaps, com volume correspondente a 195,5 milhões de dólares. Foram vendidos 500 contratos para 1º de setembro de 2015 e 3,5 mil para 1º de dezembro 2015.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a 9,827 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 75 por cento do lote total.

O BC realizou ainda dois leilões de venda de até 2 bilhões de dólares com compromisso de recompra. A taxa de recompra da primeira operação, em 3 de fevereiro de 2015, ficou em 2,676139 reais e a da segunda operação, em 2 de abril, foi de 2,719959 reais.