Dólar cai para R$ 2,7020 após atingir na véspera maior preço desde março de 2005

Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou R$ 2,69, com queda de 1,86% e, na máxima, R$ 2,7510, com valorização de 0,36%

Estadão Conteúdo

Publicidade

O dólar tentou dar continuidade nesta quarta-feira, 17, aos ganhos acumulados nas últimas cinco sessões, de 5,62%. Abriu em alta, acompanhando o comportamento externo da moeda, influenciado pela queda do petróleo e pela expectativa com o resultado do encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano). As declarações do futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que as medidas a serem adotadas devem estancar e reduzir gastos e aumentar impostos também contribuíram para o movimento altista. Essa trajetória, no entanto, foi interrompida com o passar das horas em razão das medidas anunciadas pela Rússia para o setor financeiro, que se somaram àquelas para dar sustentação ao rublo. E o dólar virou para baixo.

O dólar comercial encerrou em baixa de 1,42%, a R$ 2,7020, depois de ter terminado no patamar de R$ 2,7410 na véspera, maior preço desde março de 2005. Na mínima do dia, marcou R$ 2,69 (-1,86%) e, na máxima, R$ 2,7510 (+0,36%). O giro totalizava, no fim da tarde, US$ 1,272 bilhão no mercado à vista, sendo US$ 1,169 bilhão em D+2. No mercado futuro, o dólar para janeiro registrava desvalorização de 1,35%, às 16h34, a R$ 2,7110.

Depois do tombo recente do rublo, o BC do país decidiu flexibilizar a regulamentação para os bancos na tentativa de estabilizar o sistema financeiro nacional. O objetivo é impedir que a população entre em pânico e passe a correr para fazer saques nos bancos, o que quebraria o sistema. Entre outras coisas, o Banco Central da Rússia pretende elevar a liquidez de moeda estrangeira no sistema por meio de empréstimos garantidos por ativos ‘de fora do mercado’ e garantidos por empréstimos em moeda estrangeira.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

As medidas da Rússia levaram o dólar a cair ante o rublo. O movimento de valorização aconteceu na maioria das moedas emergentes, como o real brasileiro, influenciado ainda pelos dois leilões de linha (venda de moeda com compromisso de recompra) feito pelo Banco Central nesta tarde. Ontem, o presidente do BC, Alexandre Tombini, confirmou que a autoridade monetária manterá o programa de swap, com oferta diária entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões, a ser definida nos próximos dias. O resultado do encontro do Fed, hoje, será levado em consideração para a resolução do futuro do programa que fornece dólares ao mercado.

Nos leilões de linha desta tarde, as taxas de corte foram de R$ 2,7767 no primeiro e de R$ 2,847794 no segundo. O volume vendido só será conhecido na próxima quarta-feira. Os dados do fluxo cambial divulgados mais cedo não fizeram preço na moeda norte-americana. No mês até o dia 12, o fluxo está negativo em US$ 2,412 bilhões.