Em dia de Fomc, Bolsa bate recorde com contratos futuros de dólar

A questão dos juros nos EUA é uma das mais especuladas pelo mercado financeiro internacional e traz fortes impactos nas negociações na BM&F

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A BM&FBovespa (BVMF3) informou o mercado que atingiu, nesta quarta-feira (30), no segmento BM&F, a marca histórica de 35.039 contratos negociados no minicontrato futuro de dólar (WDO), superando o recorde anterior de 33.146 contratos, negociados em 27 de março deste ano. A marca foi alcançada em um pregão marcado pela decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) em cortar pela 5ª vez seguida em US$ 10 bilhões seu programa de estímulos à recuperação da economia americana.

As sinalizações cada vez mais claras de que a maior economia do mundo estaria se recuperando da crise de 2008 fizeram com que o QE3 (Quantitative Easing 3) fosse reduzido para injeções mensais de US$ 25 bilhões, diminuindo assim a política de afrouxamento monetário dos Estados Unidos. Dos 10 membros votantes do Fomc, apenas Charles Plosser, presidente do Federal Reserve em Filadélfia, foi contra o novo corte no programa de estímulos.

Otimismo foi visto com relação à inflação, com o Fomc informando que os indicadores de preços ao consumidor se moveram “para mais perto do objetivo de longo prazo do comitê”. Essa linguagem foi diferente da do último comunicado, sugerindo que o Fed está prestando mais atenção aos riscos inflacionários. O governo informou nesta quarta-feira que a economia dos EUA cresceu 4,0% em ritmo anual no segundo trimestre, o que provavelmente amplificou o debate dentro do Fed sobre quando os juros devem subir.

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Sobre uma possível elevação nos juros – assunto que tem sido alvo de especulações constantes no mercado mundial -, a autoridade monetária americana foi mais lacônica, mas ressaltou a necessidade de cautela no processo, sugerindo que ainda há considerável capacidade ociosa na economia. “Precisamos ser cuidadosos para certificarmos que a economia está em uma sólida trajetória antes de considerarmos elevar as taxas de juros”, afirmou Yellen.

Vale lembrar que a questão dos juros nos EUA é uma das mais especuladas pelo mercado financeiro internacional. Uma possível elevação nos juros da maior economia do mundo pode alterar toda a dinâmica do mercado mundial, uma vez que amplia a tendência de retorno de investimentos para os Estados Unidos.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.