Incomodado com competição? Banco Central emite nota sobre problemas da Bitcoin

Muitos dos problemas vistos pelo BC para Bitcoins e afins também são enfrentados pelo Real

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Com uma confusão no mercado, o Banco Central do Brasil optou para esclarecer que as chamadas “moedas virtuais” – como o Bitcoin – não devem ser confundidas com a “moeda eletrônica”. Assim, não entram na regulamentação da segunda opção. 

“Moedas eletrônicas, conforme disciplinadas por esses atos normativos, são recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento denominada em moeda nacional”, explica o BC, em nota, explicando os problemas da moeda.

Eles destacam que as moedas virtuais possuem forma própria de denominação e não são emitidas por governos soberanos. Com isso, não há a incidência de normas aplicáveis aos sistemas financeiro. “Algumas (moedas) são emitidas e intermediadas por entidades não financeiras e outras não têm sequer uma entidade responsável por sua emissão. Em ambos os casos, as entidades e pessoas que emitem ou fazem a intermediação desses ativos virtuais não são reguladas nem supervisionadas por autoridades monetárias de qualquer país”, alerta o BC.

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Com isso, elas não têm garantia de conversão para a moeda oficial e tampouco são garantidos por ativo real de qualquer espécie. A variação dos preços das chamadas moedas virtuais pode ser muito grande e rápida, podendo até mesmo levar à perda total de seu valor. Ignorando a natureza de qualquer moeda, eles destacam que o valor depende da credibilidade da moeda e dizem que ela pode ser utilizada em atividades ilícitas – como se o real não pudesse.

O BC também alerta que o armazenamento dessas moedas virtuais em carteiras eletrônicas apresenta o risco do detentor perder dinheiro com ataques de hackers – também ignorando que isso também é capaz, e bem comum, com as moedas reais. O BC alerta que está acompanhando a evolução da utilização desses instrumentos.