Volume negociado no mercado global de câmbio sobe mais de 30% em 3 anos

O levantamento mostrou que o crescimento foi motivado pelo aumento do poder de hedge funds, fundos de seguros e outras instituições não-bancárias

Reuters

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LONDRES – O volume de negociações nos mercados de câmbio saltou em mais de um terço nos últimos três anos para 5,3 trilhões de dólares por dia, ou cerca de 90 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, mostrou nesta quinta-feira uma pesquisa do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).

O levantamento, realizado a cada três anos, mostrou que o crescimento foi motivado pelo aumento do poder de hedge funds, fundos de seguros e outras instituições não-bancárias, e Londres cimentou sua dominância como centro de transações cambiais.

O dólar norte-americano permanece sendo, de longe, a divisa dominante, enquanto o euro viu sua participação no volume total de negociações recuar para o menor nível desde a criação da moeda em 1999, refletindo o impacto da crise de dívida soberana da zona do euro, que começou em 2010.

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“Volatilidade, intervenções de bancos centrais e desdobramentos regulatórios foram alguns dos temas mais importantes dos mercados de câmbio nos últimos três anos”, disse o presidente-executivo do sistema de compensação cambial CLS Bank, David Puth.

“Hoje, o mercado de câmbio é mais líquido, eficiente e transparente … É razoável assumir que o volume diário continuará a aumentar ao longo dos próximos anos”.

O volume diário médio de transações que passaram pelo CLS entre abril de 2010 e abril de 2013 –o período abrangido pela pesquisa do BIS– subiu 42,5 por cento.

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Transações de ienes crescem, euro cai
O levantamento mostrou que o dólar continuou o rei do mercado de câmbio, respondendo por 87 por cento de todas as transações em abril de 2013, alta ante cerca de 85 por cento há três anos.

Como duas moedas estão envolvidas em cada transação, o BIS apresenta a soma da proporção representada por cada moeda em relação a 200 por cento, em vez de 100 por cento.

Enquanto isso, a proeminência do iene japonês cresceu, com o volume de negociações da divisa avançando 63 por cento desde 2010. A participação global do iene nas negociações cambiais cresceu para 23 por cento ante 19 por cento em três anos.

O BIS disse que boa parte desse aumento ocorreu entre outubro de 2012 e abril de 2013, período marcado por uma significativa mudança no panorama político e no banco central do Japão, que resultou em agressivos estímulos monetários.

Embora ainda seja a segunda moeda mais líquida, o papel internacional do euro diminuiu ao longo dos últimos três anos. Sua participação caiu para 33 por cento em abril de 2013, ante 39 por cento em 2010.

A proporção de transações realizadas em libra esterlina e franco suíço recuou, enquanto as negociações de moedas como o peso mexicano e o renminbi chinês subiram significativamente.

Euro/dólar permanece sendo o par de moedas dominante, com uma fatia de 24 por cento, ante 28 por cento em 2010, enquanto as negociações de dólar/iene saltaram para 18 por cento, ante 14 por cento.