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SÃO PAULO – Na recente guerra cambial – termo cunhado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega -, o Brasil se configura como uma vítima, afirmou Thomas Palley, economista do centro de estudos New America Foundation e ex-chefe da Comissão de Revisão de Economia e Segurança da China nos Estados Unidos, em evento promovido pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta sexta-feira (23).
Segundo Palley, os EUA possuem um forte problema de desequilíbrio em suas contas, o que se agrava ainda mais por conta do câmbio controlado na China, já que torna os produtos do país oriental mais competitivos que aqueles norte-americanos.
Dessa forma, em um cenário de crise internacional e falta de competitividade dos produtos, os norte-americanos anunciaram estímulos bilionários à economia – marcadamente via dois programas de alívio quantitativo, com rumores sobre a adoção de um terceiro – desde 2008, inundando o mundo de dólares.
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Portanto, Pulley alerta que o Brasil é forçado a realizar um ajuste no câmbio que deveria ser feito, na realidade, por outro país – a China. Assim, o economista chama a atenção para a importância dos brasileiros em acompanhar os desenvolvimentos no câmbio chinês, em meio a diversos pedidos da comunidade internacional para que a China adote um câmbio flutuante.