Brasil é uma vítima da guerra cambial, afirma economista norte-americano

País é forçado a realizar ajustes na moeda por conta da inundação de dólares no mercado e pelo câmbio controlado na China

Fernando Ladeira

Publicidade

SÃO PAULO – Na recente guerra cambial – termo cunhado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega -, o Brasil se configura como uma vítima, afirmou Thomas Palley, economista do centro de estudos New America Foundation e ex-chefe da Comissão de Revisão de Economia e Segurança da China nos Estados Unidos, em evento promovido pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta sexta-feira (23).

Segundo Palley, os EUA possuem um forte problema de desequilíbrio em suas contas, o que se agrava ainda mais por conta do câmbio controlado na China, já que torna os produtos do país oriental mais competitivos que aqueles norte-americanos.

Dessa forma, em um cenário de crise internacional e falta de competitividade dos produtos, os norte-americanos anunciaram estímulos bilionários à economia – marcadamente via dois programas de alívio quantitativo, com rumores sobre a adoção de um terceiro – desde 2008, inundando o mundo de dólares.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Portanto, Pulley alerta que o Brasil é forçado a realizar um ajuste no câmbio que deveria ser feito, na realidade, por outro país – a China. Assim, o economista chama a atenção para a importância dos brasileiros em acompanhar os desenvolvimentos no câmbio chinês, em meio a diversos pedidos da comunidade internacional para que a China adote um câmbio flutuante.