Analistas largam maior gestora do mundo para criar fundo de blockchain de US$ 20 milhões

A ideia é investir em soluções que cumpram os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, como a fome e a pobreza

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Três analistas decidiram largar seus empregos na BlackRock, a maior gestora do mundo, com US$ 6,3 trilhões sob gestão, para criarem um fundo de capital de risco focado em blockchain, o Eterna Capital, de US$ 20 milhões, segundo informações do Financial News.

A ideia é investir em soluções que cumpram os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, como a fome, a pobreza e energia limpa a preços acessíveis. O fundo pretende atrair investidores institucionais e vai operar sob o comando de Andrea Bonaceto, que lançou o fundo no fim de abril junto com Nassim Olive, Asim Ahmad e Mattia Mrvosevic, que antes trabalhavam na BlackRock.

“Um exemplo é a desintermediação em países do terceiro mundo com baixa quantidade de bancos, de modo que as pessoas não precisem mais dos bancos para conseguirem um empréstimo, pois o dinheiro pode ser mantido no blockchain”, explica Bonaceto.

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Já Olive, explica que seu trabalho na BlackRock mostrou que havia um grande apetite institucional para investir em blockchain, mas que o tamanho do mercado significa que os grandes investidores ainda não estão dispostos a investir diretamente nesses tipos de veículos.

“2017 foi o ano do bitcoin e do ICO [Oferta Inicial de Moedas], mas estamos convencidos de que 2018 será quando o blockchain e as criptos crescerão como uma classe de ativos, e quando o dinheiro institucional irá entrar neste mercado”, disse ele.

Tem se tornado uma tendência que analistas e outros funcionários de grandes instituições financeiras deixem seus cargos para se criarem fundos ou outros veículos ligados ao mundo do blockchain e criptomoedas. Em janeiro, Adam Grimsley e Michael Wong, da BlackRock, saíram para iniciarem o fundo de hedge Prime Factor Capital, enquanto o ex-Goldman Sachs Mike Novogratz está lançando um banco de criptografia chamado Galaxy Digital.

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Olive afirma que “não há como eles [grandes instituições] arriscarem suas reputações ao lançarem um fundo de blockchain ou criptomoedas de US$ 20 milhões ou US$ 100 milhões”. “É por isso que mais pessoas com histórico institucional estão lançando seus próprios empreendimentos”, completa.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.