Bitcoin: cerco por regulação aumenta e criptomoeda tem nova derrocada de 13%

SEC e Japão fecharam o cerco por maior regulação no mercado de moedas digitais e bitcoin já acumula baixa de 24% na semana

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O bitcoin registra mais uma derrocada nesta sexta-feira (9), com uma baixa de 13%, negociada abaixo dos R$ 30 mil (veja cotação de outras criptomoedas clicando aqui). Já no mercado internacional, segundo os dados do site Coinmarketcap, a baixa é de 12,23%, a US$ 8.820 na comparação com a cotação de 24 horas antes, acumulando uma baixa de 24% na semana. 

Após um período de calmaria, a criptomoeda voltou a registrar momentos de tensão nesta semana após a SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, reiterar em comunicado  que muitas exchanges devem ser registradas. A notícia aumenta a preocupação do mercado de que pode ocorrer uma limitação nos negócios com criptomoedas.

“Se uma plataforma oferece a negociação de ativos digitais que são valores mobiliários e opera como uma “exchange”, conforme definido pelas leis federais de valores mobiliários, esta plataforma deve se registrar na SEC como uma bolsa de valores nacional ou estar isenta de registro”, disse o órgão regulador no comunicado.

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Algumas das maiores plataformas de negociação de criptomoedas, como a Coinbase, não estão registradas como uma exchange nacional na SEC e, em vez disso, possuem apenas licenças de transmissão de dinheiro em diferentes estados.

A evolução da regulamentação na região Ásia-Pacífico também leva a uma maior tensão dos preços esta semana.  O governo do Japão penalizou diversas corretoras de criptomoedas e apertou a fiscalização depois que 58 bilhões de ienes (US$ 530 milhões) em moedas virtuais foram roubadas por hackers no começo deste ano.

Na última quinta-feira, a Agência de Serviços Financeiros, órgão responsável por monitorar o mercado, disse que a FSHO e a Bit Station foram obrigadas a suspender suas operações por um mês. 

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Cinco outras corretoras, incluindo a Coincheck, alvo do roubo milionário, foram obrigadas a aprimorar suas operações. As empresas precisam apresentar até o dia 22 de março um plano de melhoria de seus serviços ao órgão.

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Porém, segundo afirmou ao InfoMoney o especialista Safiri Felix, um dos pioneiros do Bitcoin no Brasil e representante da ConsenSys, a notícia sobre maior regulação, referindo-se principalmente ao caso SEC, não é “nada demais”. Segundo ele, esta regulação irá profissionalizar mais o mercado, trazendo maior maturidade. “É um marco importante, vai colocar um pouco de ordem no faroeste”, afirma. Confira a entrevista completa clicando aqui. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.