Coreia do Norte conseguiu mais de US$ 200 milhões em bitcoins, diz especialista

Criptomoedas são uma forma de driblar as sanções internacionais e conseguir financiar seu programa nuclear

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Coréia do Norte pode ter arrecadado mais de US$ 200 milhões em transações com criptomoedas no ano passado, diluindo o impacto das sanções internacionais sobre seu programa nuclear. Segundo Priscilla Moriuchi, ex-oficial da Agência de Segurança Nacional dos EUA, em entrevista à Radio Free Asia, seriam 11 mil bitcoins envolvidos. 

Se o regime de Kim Jong-un tivesse feito esta arrecadação em dezembro, quando a moeda digital saltou para mais de US$ 20 mil, o país teria conseguido US$ 210 milhões, valor que caiu para US$ 120 milhões em janeiro.

Moriuchi, que agora trabalha para a empresa de segurança Recorded Future, acredita que as criptomoedas foram conseguida por meio de mineração ou com ataques hackers. Muito se tem falado da estratégia de Kim Jong-un para conseguir dinheiro para financiar seu programa militar, e como o bitcoin e outras moedas digitais podem ser a solução encontrada por ele para resolver o problema.

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“Eu aposto que essas moedas estão sendo transformadas em algo – dinheiro ou bens físicos – que estão apoiando o programa de mísseis nucleares e balísticos da Coreia do Norte”, disse Morocachi ao Vox.com. Hackers norte-coreanos já foram acusados de saquear o Banco de Bangladesh em 2015, transferindo cerca de US$ 81 milhões para contas bancárias nas Filipinas.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.