5 coisas que você precisa saber sobre criptomoedas, segundo o governo brasileiro

Site do governo divulgou texto, mas não mostrou as vantagens deste mercado e nem se apoiou na opinião de especialistas

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Mais uma vez o governo brasileiro volta a falar sobre criptomoedas. Depois do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) emitirem nota – inclusive com a autarquia proibindo fundos de investirem neste mercado -, agora foi a vez da página oficial do governo publicar “recomendações”.

O que mais tem incomodado especialistas e entusiastas das moedas digitais é o fato das autoridades brasileiras pouco falarem sobre as vantagens e possíveis méritos que esta tecnologia tem. Mesmo que ainda não seja claros para eles como adotar e aceitar isso de forma regulamentada, é papel importante do governo não só apontar os problemas, mas também o lado bom do bitcoin.

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Assim como ocorreu com a decisão do relator do projeto para regulamentar as criptomoedas no Brasil, este texto publicado pelo governo não usa opiniões de especialistas, que costumam apontar os problemas, mas também trazem as vantagens deste negócio. Falta uma maior clareza para que o investidor saiba os riscos, mas consiga tomar a decisão sozinho sobre se vale a pena ou não entrar neste mercado.

Na tarde de terça-feira (20), o governo publicou um texto intitulado “Cinco coisas que você precisa saber sobre as criptomoedas”, em que aponta, em poucas linhas, alguns “cuidados” que os investidores precisam ter na hora de investir neste mercado. Confira, na íntegra, o que diz o artigo:

Inteiramente virtual
As negociações das criptomoedas ocorrem integralmente pela Internet. Elas ocorrem sem interferência de instituições financeiras ou órgãos governamentais. O maior expoente delas é o Bitcoin, moeda digital que possui a maior circulação atualmente.

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O risco é todo seu!
As criptomoedas não são reguladas por banco centrais. Ou seja, você não possui garantias e fica mais exposto caso ocorra casos de bolhas financeiras ou falência, por exemplo. Em operações do mercado financeiro, investidores estão minimamente protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Anonimato? Bom ou ruim?
Uma das vantagens apontadas por quem investe nas moedas digitais é o anonimato. As transações são feitas por meio de um mecanismo que impede hackers de ameaçarem as operações, o Blockchain. Mas isso também acaba ajudando o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, por exemplo.

Esse problema já está na mira das autoridades. Em 2015, a Interpol e outros órgãos internacionais inauguraram um departamento com o propósito de estudar e coibir práticas criminosas no mundo das criptomoedas.

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Imprevisível
Como possui muitos riscos, nem invente de colocar economias e patrimônio conquistados ao longo da vida nas criptomoedas. A alta volatilidade da moeda é gritante – já chegou a valorizar mais de 900% no ano passado e observou uma grande desvalorização ao entrar em 2018.

Com a palavra, o Banco Central
Quando teve intensa valorização, no ano passado, o BC emitiu o seguinte alerta: “Considerando o crescente interesse dos agentes econômicos […] o Banco Central do Brasil alerta que estas não são emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária, por isso não têm garantia de conversão para moedas soberanas, e tampouco são lastreadas em ativo real de qualquer espécie, ficando todo o risco com os detentores. Seu valor decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao seu emissor”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.