“Tubarões do mercado” contam o que pensam sobre Bitcoin

Grandes empresários e apresentadores do "Shark Tank" compartilham suas visões sobre o mercado de criptomoedas

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O programa “Shark Tank” reúne alguns dos maiores nomes do empreendedorismo para ajudar pessoas que acreditam ter ideias inovadoras e que valem o investimento. São grandes executivos que muitas pessoas gostam de ouvir por conta das trajetórias de sucesso deles, muitas vezes ganhando dinheiro com coisas que ninguém acreditava.

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Mas em um cenário onde o Bitcoin tomou conta das discussões financeiras, dos debates sobre bolha ou “investimento do século”, o que será que pensam estes empresários de sucesso?

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A CNBC Make It conversou com 6 dos apresentadores das 9 temporadas do “Shark Tank” americano para ver o que eles estão pensando sobre o mercado de criptomoedas. Confira abaixo o que eles disseram:

Kevin O’Leary
O executivo afirma que existe um grande problema entre os investidores de bitcoin: “estou certo de que 99% das pessoas que possuem bitcoin não entendem como isso funciona”. “Isso sempre é um coquetel para o desastre”, disse ele.

Segundo ele, é preciso entender que o bitcoin é um ativo, e não uma moeda, o que leva a grandes variações de valor e torna mais difícil usá-lo como um meio de pagamento.

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Barbara Corcoran
Para ela, o bitcoin é interessante, mas não parece algo prático. “Eu acho que bitcoin e outras criptos menores são muito complicadas para o uso geral”, disse ela. “Eu acho que o bitcoin – os outros desaparecerão – é interessante assistir e pode chegar a um valor de US$ 60.000 se instituições suficientemente ricas investirem”, explicou.

Robert Herjavec
Já ele tem perspectivas otimistas para a moeda digital. “Para mim, é a onda do futuro”, disse Herjavec. “Daqui 25 anos haverá alguma forma de criptomoeda que usaremos para pagar por via eletrônica, e o conceito de dinheiro desaparecerá um dia”, explicou. “Vai ter benefícios enormes para a humanidade, em todos os tipos de transações”, completou.

Porém, por enquanto, ele não está investindo pessoalmente, por razões éticas. “Criptomoeda é a escolha de financiamento de transações para hackers”, disse. “E, como somos bons, não consigo ficar atrás disso. Se não houvessem criptomoedas, muitos dos grandes hackers não existiriam”.

Richard Branson
O fundador da Virgin disse que já investiu em bitcoin alguns anos atrás. “Eu coloquei um pouco de dinheiro em bitcoin porque gosto de aprender sobre as coisas, e acho que se bitcoin é o único – acho que haverá uma moeda global”, disse Branson para a CNBC em 2014.

Naquele ano, ele anunciou à CNBC que sua companhia de vôo espacial comercial Virgin Galactic aceitou um pagamento em bitcoin de um comissário de bordo no Havaí para um assento em uma viagem ao espaço. Em 2014, Branson disse à Bloomberg sobre o bitcoin: “Eu acho que está funcionando. Haverá outras moedas como essa, talvez ainda melhor, mas, entretanto, há uma grande indústria em torno do bitcoin”.

Daymond John
“Você deve começar a aprender sobre isso agora”, disse John, dizendo que ele possui investimentos em bitcoin e ethereum. “Digamos que você deseja investir em criptomoedas ou med-tech ou imóveis. Cada um desses terá uma grande quantidade de coisas que você precisa saber. Se você não está investindo em si mesmo [e aprendendo], posso te vender tudo o que eu quero em moedas digitais ou medtech”.

Mark Cuban
Em dezembro, Cuban disse que este mercado ainda é “uma aposta”. “Poderia ir para US$ 15.000 ou zero e talvez ambos no mesmo dia”, disse ele na época. Mesmo assim, ele já declarou que comprou bitcoins e investe em empresas focadas em mercados de criptomoedas e blockchain.

O empresário dá uma dica para quem quiser investir nisso: só coloque um dinheiro que você não tem medo de perder. “Se você é um verdadeiro aventureiro e quer realmente jogar o ‘Hail Mary’, você pode colocar 10% [de suas economias] em bitcoin ou ethereum”, disse Cuban. “Mas, se você fizer isso, tem que fingir que já perdeu seu dinheiro”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.