Bitcoin tem queda de até 20% após amargar pior semana desde 2013

Temores de aumento da regulação seguem impactando bitcoin e demais criptomoedas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a pior semana desde 2013, esta segunda-feira começa com uma nova queda para o preço do bitcoin. De acordo com a cotação das 9h42 (horário de Brasília) do Coinmarketcap.com, a criptomoeda registrava baixa de 12,39%, a US$ 7.703,19, enquanto outras moedas como o ethereum, ripple, bitcoin cash, cardano, litecoin e stellar também registravam baixa acima de 10%. No mercado brasileiro, o bitcoin tem baixa de 19,34%, a R$ 23.390 (para ver mais cotações, clique aqui). 

Vale ressaltar que, na última sexta-feira (2), a criptomoeda atingiu o valor mínimo de US$ 7.614, mas se recuperou e fechou cotada a US$ 8.569. Contudo, este foi o menor preço registrado desde 24 de novembro do ano passado.

A queda ocorre em meio a uma onda de más notícias sobre as criptomoedas. Na última sexta, o economista Nouriel Roubini, que ficou conhecido por prever a crise financeira global de 2008, disse que a “mãe de todas as bolhas”, referindo-se ao fenômeno das criptomoedas, estava estourando.

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Além disso, pelo menos três bancos fizeram o anúncio de que não permitirão mais que seus clientes comprem bitcoin usando cartões de crédito. São eles: JP Morgan, Bank of America e Citigroup, que afirmaram não querer se associar ao risco das transações.

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Notícias ruins da última semana

Na semana passada, as perdas acompanham os comentários recentes do ministro das Finanças da Índia, Arun Jaitley, que levantaram preocupações sobre o aumento da regulamentação sobre criptomoedas no país, em linha com o que pode ocorrer na Coreia do Sul e China. Jaitley disse em um discurso na quinta-feira que o governo “não considera criptomoedas ativos legais ou moedas e tomará todas as medidas para eliminar o uso desses criptoativos no financiamento de atividades ilegais ou como parte do sistema de pagamento”. O ministro afirmou ainda que o governo indiano irá explorar os potenciais da tecnologia blockchain, que está por trás do bitcoin e outras criptomoedas. 

Além disso, o The New York Times informou na última quarta-feira que um crescente número de investidores nas moedas digitais estão preocupados que o preço do bitcoin e outras moedas digitais tenham sido inflado pela exchange de criptografia Bitfinex. A Bloomberg relatou na terça-feira que, em dezembro, a Comissão de Futuros e Negociação de Mercadorias dos Estados Unidos citou a Bitfinex e uma empresa de criptografia chamada Tether, que é administrada por muitos dos mesmos executivos. Ainda não há muitas informações sobre o conteúdo da investigação, mas as especulações se intensificaram. 

Além disso, as criptomoedas sofreram mais um baque em sua imagem após uma das maiores bolsas de criptomoedas do Japão, a Coincheck, afirmar que cerca de US$ 532 milhões (pouco menos de R$ 1,7 bilhão) em tokens NEM foram perdidos depois que as moedas foram retiradas “ilicitamente” de seus sistema, assustando os investidores do país, que é considerado uma referência na regulamentação de moedas digitais.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.