Bitcoin pode chegar a US$ 60 mil em 2018, mas outro “crash” está próximo, diz analista

O empresário Julian Hosp vê o bitcoin ainda bastante volátil, com chances de recuar até a marca de US$ 5.000 ante de voltar a disparar

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O empresário e entusiasta de criptomoedas, Julian Hosp, acredita que o forte rali do Bitcoin está longe de acabar, mas há um pequeno problema em sua projeção. Para ele, a moeda digital pode dar mais um grande salto de valor, mas também deve passar por um novo “crash” no futuro próximo.

“Acho que vamos ver o bitcoin atingindo a marca de US$ 60.000, mas também acho que vamos ver o bitcoin atingindo a marca de US$ 5.000”, disse Hosp, co-fundador e presidente da TenX, para a CNBC. “A pergunta, porém, é ‘Qual destas marcas vai atingir primeiro?'”, questionou.

Diante do preço atual, a previsão do Hosp representa um rali de US$ 45.000, ou cerca de 174%% de alta, para o Bitcoin. Caso ele acerte na derrocada, seria um colapso de US$ 10.000, ou uma queda de preço de cerca de 70%.

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Depois de bater sua máxima histórica em cerca de US$ 20.000 no meio de dezembro, o preço do Bitcoin entrou em colapso na última sexta-feira (22). A moeda digital perdeu um terço de seu valor em um único dia, afundando brevemente abaixo de US$ 11.000 antes de dar início a uma recuperação.

“Para os especialistas que estiveram no mercado, este foi realmente um mergulho bem-vindo”, disse Hosp. Ele lembrou que diversos especialistas já esperavam esta queda após a forte disparada do início do mês. Em apenas quinze dias, o bitcoin saiu de US$ 10.000 para US$ 20.000.

“Este mergulho para nós foi muito, muito saudável, e alguns de nós já usaram isso para comprar um pouco mais, porque de repente tivemos um desconto de 40 a 45% das máximas históricas”, acrescentou.

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Por outro lado, Hosp disse que está certo de que o bitcoin cairá de novo. “Definitivamente”, disse ele. “Eu não penso agora, mas acho que, no longo prazo, sempre veremos um pouco de movimento para cima e, em seguida, mergulharemos”, continuou. “Eu vejo bitcoin mais como ouro digital, em vez de uma moeda que vai ser usada diariamente”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.