O que os maiores investidores bilionários do mundo pensam sobre bitcoin

Há quem defenda, mas também tem pessoas que acreditam que o ativo não passa de uma grande bolha

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Dominando as principais notícias do ano, o bitcoin tem sido assunto entre todos os investidores do mundo. Há quem defenda, mas também tem pessoas que acreditam que o ativo não passa de uma grande bolha.

Até o mês passado, as análises mais otimistas apontavam para que a maior criptomoeda fechasse o ano em US$ 10 mil, mas ela não só atingiu este patamar no começo de dezembro, como já chegou a superar US$ 17 mil em poucos dias.

Mas se para investimentos em ações costumamos ver e ouvir as opiniões de grandes investidores, como Warren Buffett, por que não dar uma olhada no que eles estão falando sobre o bitcoin? Fica bem clara a diferença de opinião entre investidores “tradicionais” e os gestores focados em tecnologia.

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Confira o que alguns investidores bilionários estão falando sobre a criptomoeda:

Carl Icahn: multimilionário e conhecido investidor ativista, com histórico maior até que o de Buffett, ele não tem muitas opiniões sobre o assunto, mas se mostra claramente contra a criptomoeda. “Eu não entendo … Se você ler livros de história sobre todas essas bolhas … isso é o que isto é”, disse

Warren Buffett: considerado um dos maiores e melhores investidores do mundo, o chamado Oráculo de Omaha se posiciona contra o bitcoin: “fique longe disso. É uma miragem … a ideia de que ele tem algum valor intrínseco enorme é uma piada. É uma maneira de transmitir dinheiro”.

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Jamie Dimon: considerado um dos grandes “inimigos” do bitcoin, o CEO do JPMorgan já fez duras críticas à criptomoeda, sendo que sua frase mais conhecida é quando chamou o ativo de “fraude” e vai entrar em colapso.

Ray Dalio: fundador do Bridgewater Associates, um dos maiores hedge funds do mundo, ele acredita que o “bitcoin é uma bolha”. “É gente especulativa, pensando que pode vender a um preço mais alto … e assim é uma bolha”.

Leon Cooperman: megainvestidor, gestor do hedge fund Omega Advisors e filantropo, ele evita ser muito duro contra a criptomoeda, mas também acredita que há muito risco envolvido no negócio: “Eu não tenho dinheiro em bitcoin. Há muita euforia no bitcoin”.

Marc Lasry: gestor do Avenue Capital Group e dono do time da NBA Milwaukee Bucks. “Eu deveria ter comprado bitcoin quando estava em US$ 300. Eu não entendo isso. Isso pode fazer sentido tentar participar, mas não posso dar qualquer análise do que faz sentido ou não. Eu acho que é real”.

Ken Griffin: fundador e presidente da empresa de investimentos Citadel. “Não é o futuro da moeda. Eu também não chamaria de fraude. Mas o bitcoin tem muitos dos elementos da bolha da Tulipa”.

Jerry Yang: fundador do Yahoo. “O Bitcoin como moeda digital ainda não existe. Pessoalmente, acredito que a moeda digital pode desempenhar um papel na nossa sociedade, mas, por enquanto, parece ser impulsionada pelo exagero de investir obtendo um retorno, ao contrário das transações”.

Mark Cuban: dono da equipe da NBA Dallas Mavericks e presidente da HDNet. Primeiro ele chegou a chamar o bitcoin de bolha, mas mudou de ideia e hoje investe em um hedge fund de criptomoedas. Mesmo assim, recentemente ele afirmou que o bitcoin é como um “Hail Mary” (jogada de desespero no futebol americano usada normalmente no último lance da partida).

Michael Novagratz: ex-gerente de hedge fund e analista de Wall Street. Ele já foi um bilionário e pode ser novamente neste momento, graças ao bitcoin: “Todo o limite de mercado de todas as criptomoedas é de US$ 300 bilhões. Isso não é nada. Isso é global. Tenho a sensação de que isso pode ir muito mais longe”. Ele compara o cenário com o valor do ouro – ou seja, um mercado de US$ 8 trilhões: “a médio prazo, isso vai muito mais longe”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.